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Coluna 25/08/23

Crise no PT abre diálogo do grupo de Franzé com terceiro nome

Aqui é apuração, ouvida (com certa surpresa) de duas importantes fontes de primeiro escalão do lado de Fábio Novo e do lado de Franzé Silva. Caso não seja solucionada nos próximos dias, a crise no PT pode não apenas reverter adesões de aliados já anunciadas, como também costurar uma frente dentro da base, com o apoio de Franzé Silva e do QG (quartel-general) da Assembleia Legislativa para um terceiro nome em busca de chefiar o Palácio da Cidade. Nomes de fora do PT estão sendo sondados e instigados a retornar ao campo. Quem? A resposta fica para uma outra oportunidade...  


Problema por cima de problema

O que vai acontecer depois que o diretório estadual do PT desfez (por 12 votos a 4) na noite de quinta-feira, 24, a decisão do municipal de mudar os nomes de quem pode votar para escolher se o candidato a prefeito é Fábio Novo ou Franzé Silva? Alguns recados estão sendo dados. A coluna aperta a tecla SAP para facilitar a vida de todo mundo:

- Integrantes da turma do Fábio Novo:

“Franzé quer roer a corda e a gente não vai aceitar. Ele tem que cumprir o acordo.”

“O candidato vai ser anunciado dia 01 de setembro, conforme foi acordado naquele dia na casa do governador. Não existe nenhuma mudança de plano.”

“Só é permitido mudar membros do diretório mediante consenso. E não tem consenso. Não pode mudar e não vai mudar.”

- Integrantes da turma de Franzé Silva:

“Pode ter certeza de que o diretório municipal vai reverter a decisão da estadual. E não vamos reconhecer os resultados das pesquisas porque foram contaminadas pelos últimos acontecimentos”.

“O Franzé não vai com o Fábio de jeito nenhum. Hoje, é essa a decisão”.

“Esse ano já aconteceram várias mudanças no diretório estadual e nacional, só no municipal que não pode? Ahhh, me poupe”.

As identidades são resguardadas a pedido das fontes. O preço da informação quente é o off.


Quem é quem no jogo do bicho

Falando nisso, qual é a base de Dr.Pessoa na Câmara? Em cada votação, o placar muda, é difícil apontar os nomes exatos. Gente da base que some misteriosamente na hora de votar, a oposição chegando junto e aprovando tudo. Ouvindo vereadores e para clarear as coisas, a coluna faz um rabisco do cenário mais provável no ano que vem:

TENDÊNCIA A FICAR NA BASE DE DR.PESSOA EM 2024:

Levino de Jesus, Zé Filho, Teresinha Medeiros, Leonardo Eulálio, Valdemir Virgino, Neto do Angelim, Dudu*, Elzuila Calixto*, Thanandra Sarapatinhas, Antônio José Lira, Markim Costa, Roberval Queiroz, Bruno Vilarinho – 13 nomes

TENDÊNCIA A FICAR NA OPOSIÇÃO DE DR.PESSOA EM 2024:

Evandro Hidd, Fernanda Gomes, Gustavo de Carvalho, Venâncio Cardoso, Enzo Samuel*, Ismael Silva, Pollyana Rocha, Zé Nito, Deolindo Moura e Luís Lobão – 10 nomes

CORINGAS (posição mutável)

Paulo Lopes, Édson Melo, Aluísio Sampaio, Vinicius Ferreira, Joaquim Caldas – 5 nomes.


Deixa só quem quer

“São 29 secretarias e o Palácio da Cidade precisa ter 17 nomes na base. Eu sou um ‘égua’ que fico pegando pancada e não tenho nada. O prefeito (Dr.Pessoa) tem que fazer a limpa sim e deixar só quem quer ser da base. Os caras que não têm voto pra dar na Câmara e tem espaço na PMT, de manhã dá um cheiro e de tarde é taca, têm que sair”, desabafou um vereador, realmente bem expressivo, em conversa com a colunista.


Pois é

Um vereador que já foi secretário em um passado não muito distante, se saiu com essa, falando dos colegas do presente: “No primeiro mandato é assim, todo mundo quer ser vereador. No segundo, é diferente, todo mundo quer ser secretário”. Pois é, pois é, pois é...


Como se constrói um vencedor

Como se constrói um político de sucesso? No nível do discurso (o que o político fala e como fala) e no nível situacional (o contexto externo ao próprio discurso, que ninguém pode controlar). Em 2018, Jair Bolsonaro soube responder à necessidade que o eleitor tinha de um herói. Em 2022, precisou suavizar essa imagem e controlar o imaginário da violência associado ao bolsonarismo (Carla Zambelli correndo armada atrás de um homem na rua atraplahou um pouco...). Em 2018, as principais imagens de Bolsonaro eram clicadas de cima para baixo (o ideal). Em 2022, de baixo para cima (aludindo ao real). Foi uma campanha exitosa nesse aspecto, mesmo que não tenha sido vitoriosa. 


Elixir da Longa Vida Política

Deixando as paixões políticas de lado, Lula e Bolsonaro são dois personagens políticos de sucesso e que unem a alquimia do herói: a porção de divino e humano na medida certa. Aos políticos que querem chegar lá, é preciso saber atender a uma exigência situacional (o bendito contexto), que não é ele quem faz, mas que se aproveita


Cifrada dos Jogos Ocultos

Há dois tipos de jogos sendo jogados nesse momento na política piauiense. O jogo principal, esse que noticiamos diariamente e se desenrola, inclusive, sob os olhos dessa colunista. E um segundo jogo, em que personagens teoricamente secundários costuram uma mexida de tabuleiro com viés de reviravolta. A colunista faz aula de xadrez online (é sério). Então se a peça de menor valor no xadrez, o peão, chegar ao outro lado do tabuleiro e encurralar o rei, ele vence? É ou não é?


Para ler, ver e ouvir

Quem nunca viu o clássico filme “Casablanca” (disponível na HBO e em outros lugares que o leitor sabe procurar), não é mesmo? Pois bem. A colunista era uma dos dois ou três gatos pingados que não tinha assistido ao drama de 1942, dirigido por Michael Curtiz e estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. O leitor vai torcer o nariz (“Poxa, um filme em preto e branco!”), tentar voltar aos “Vingadores” (nada contra), mas dê uma chance. Um clássico não se torna um clássico por acaso. Lançado no meio da II Guerra Mundial, é sobre um americano amargo, dono de um bar em Casablanca (Marrocos), que reencontra um grande amor, agora casada com um herói da resistência tcheca. Para completar, tem uma das melhores trilhas do cinema. 


Foto do dia

Com toda a Comissão de Legislação e Justiça da Câmara de Teresina em Brasília essa semana (Venâncio Cardoso, Deolindo Moura e Evandro Hidd, além de Enzo Samuel), a prefeitura conseguiu aprovar sem maiores percalços algumas medidas em plenário. Os vereadores, por ligação, de Brasília, brincaram com o líder do prefeito Dr.Pessoa, Antônio José Lira, na capital. A coluna estava por perto, por acaso, e ouviu: “Quem é mais forte, o Lira daqui (Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados) ou o Lira de lá?”. O bem-humorado Lira de lá respondeu que era ele, AJL. A conferir.


A frase para pensar

“Os vivos são e serão sempre, cada vez mais, governados pelos mais vivos”, Barão de Itararé, pseudônimo de Apparício Torelly (1895-1971), humorista.

 

 

 

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