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Coluna 29/09/23

 Mudanças na PMT: Semest e Semdec podem mudar de comando

“Não é 100%, é só 99% de certeza”, resumiu uma fonte importante do Palácio da Cidade sobre as mudanças que estão em vias de acontecer no secretariado municipal. Sairia Iran Felinto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e entraria um indicado do vereador Leonardo Eulálio. Já na Secretaria de Economia Solidária, sairia Maura Assunção e entraria um indicado da vereadora Teresinha Medeiros. "Ou vice-versa, está em aberto", completou o interlocutor do andar de cima. Enquanto não for oficialmente anunciado, não é fato, mas a coluna sempre prefere se antecipar aos fatos ao invés de correr atrás deles depois que estão no mundo.

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O caso Iran

O caso de Iran e o de Maura são bem diferentes. O empresário Iran Felinto, bem-sucedido nos negócios, já tinha dado sinais de que gostaria de retornar para a iniciativa privada. Nos bastidores, circulava a informação de que Ira já havia entregue a pasta ao prefeito no mês passado, devido a dificuldades de recursos Semdec. Mesmo com pouco, a percepção do mundo político é de que Iran fez do limão uma limonada, e imprimiu ritmo e visibilidade ímpares na Semdec. Ele é indicado do vereador Markim Costa que, contudo, não está enfraquecido. Markim segue com a indicação da cabeça (Andrei Monteiro) na Saad Sudeste 2.

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A questão de Pollyana

Já Maura, é indicada da vereadora Pollyana Rocha, que teve uma situação pública de conflito com o secretário de Finanças, Admilson Lustosa, ao tê-lo acusado de gritar com ela. O secretário nega veementemente. A saída de Maura era vista como questão de tempo, mas Pollyana, que é vice-presidente da Câmara de Teresina, é uma parlamentar bem articulada e querida pelos colegas. Se não houver algum tipo de compensação, sua entrada oficial na oposição pode causar barulho, acreditam os vereadores.

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Bagunçando o grupo

Para um vereador ouvido pela coluna, as mudanças são simples de entender: “Desarticula o G9 (grupo de vereadores dito independentes)”. Sendo assim, os próximos a ficarem alertas são Venâncio Cardoso e Deolindo Moura. Outro a ser citado na lista é Gustavo Gaioso, mais por conta de sua proximidade com Jadyel Alencar, hoje persona non grata na PMT por causa do embate pelo comando do Republicanos.

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Tô nem aí

A ex-deputada Teresa Britto (PV) tem batido forte no PT e mantido sua pré-candidatura a prefeita de Teresina. Uma fonte que toma decisões no grupo de Fábio Novo minimizou: “Não nos incomoda em nada”. Ok, então.

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Se der na telha

Muita gente e pouco espaço: o eterno problema da política. Tanto é que já tem gente perguntando que dia vai vagar uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI). Pois é, sem previsão. O próximo conselheiro a se aposentar é Kléber Eulálio, mas deve levar pelo menos uns seis anos mais ou menos. Um ex-conselheiro das antigas, no entanto, fez a ressalva: “Qualquer um pode se aposentar na hora que quiser”. Captado.

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Ventos do litoral

Segue indefinida a situação do candidato governista à prefeitura de Parnaíba. Uma semana o deputado federal Florentino Veras é candidato, na outra semana, não é. O PT nacional tem demonstrado especial atenção não apenas com a candidatura de Teresina, mas também da segunda maior cidade do Piauí. 

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Sui generis

O caso de Florentino é sui generis, já que se perder para a prefeitura, ele pode ficar inviabilizado para concorrer à deputado federal novamente. Já na base do prefeito Mão Santa, tem se falado muito em Gil Borges, nome de confiança do clã e secretário de Finanças da cidade. Essa eleição promete.

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Se conselho fosse bom

Não importa que você não seja um rei, seus atos devem ser dignos de um. Tudo que é exagerado, irrita e cansa. Inclusive elogios. Tenha em mente que é uma honra ser criticado, principalmente por aqueles que vivem de difamar pessoas de bem. A única preocupação que você deve ter é se algum dia estiver agradando a todo mundo. Aí sim será um mau sinal.  Ainda faz mais sentido caminhar sozinho e confiante do que com o aplauso vulgar de uma multidão.

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Ilustre Leitor

A política nem sempre está no sangue. Mas no caso da família Solano, está sim. O combativo deputado federal Merlong Solano, encabeça a face pública do grupo político, seguido do ex-vereador Décio Solano, sempre expressivamente votado no PT de Teresina. Mas quem articula e amarra tudo nos bastidores é o bem relacionado irmão mais novo, Maurício Solano, com vaga na Executiva estadual e representando corrente de peso no PT. Entre uma articulação aqui e outra ali, Maurício parou dois minutinhos para ler a coluna. É um leitor qualificado e por dentro dos mais seletos bastidores, sem dúvidas.

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Cifrada da Gota d’água 

Às vezes é melhor fazer como o Eduardo, que achou estranho, mas melhor não comentar. Os vereadores de Teresina estão numa ciumeira grande com um secretário que tem o maior volume de obras para executar nos próximos meses. É reclamação 24h no pé do ouvido de outro secretário, que desabafou com a coluna: “Eu não aguento mais”. 

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Para ler, ver e ouvir

Como falar de estratégia política sem citar Napoleão? A coluna está lendo a biografia definitiva e obrigatória do general francês, escrita por Adam Zamoyski: “Napoleão: o homem por trás do mito” (editora Crítica). Como são mais de 700 páginas, só Deus sabe quando a obra será concluída, mas a jornada tem valido a pena. Com uma escrita envolvente, Zamoyski mostra Napoleão não como um gênio, mas um homem comum em um período incomum, fruto do seu tempo. Napoleão é profundo, complexo e ambíguo. Era um tático brilhante, mas cometeu erros definitivos na busca pelo poder. Lições.

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Foto do dia

A coluna soube de ouvir falar que o fogo cerrado em busca de partidos políticos não tem deixado ninguém escapar. Mas quem sondou o Solidariedade por cima (estamos falando de Brasília), recebeu uma porta na cara. É que a resposta dada ao grupo que estava atrás do partido foi direta e objetiva: está firme. E, no caso, quem está firme é o deputado Evaldo Gomes. Por sinal, para fortalecer os vínculos com a cúpula do SDD, Evaldo esteve essa semana em São Paulo. No registro, participando da reunião de planejamento da legenda para 2024, com a ex-deputada Marília Arrases e outros nomes de proa do partido.

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A frase para pensar

“O Congresso não perdoa quem está fraco”, Renato Casagrande (1960-), ex-governador do Espírito Santo.

 

 

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