Coluna 23/10/23

Enquanto PSD pressiona adesão, Fábio e Marcos Aurélio se reúnem hoje

A semana passada atropelou tudo e todos, passando desapercebido por muitos uma intensa movimentação do PSD para aderir a Fábio Novo antes da viagem do governador Rafael Fonteles à China, ainda na sexta-feira. Como se sabe, Rafael viajou e não teve adesão. A pressa do PSD para não perder o bonde e ficar sem espaço foi barrada por duas palavras: Marcos Aurélio. O parlamentar estava em viagem e as agendas de um encontro da cúpula do PSD com o governador e o pré-candidato a prefeito da sigla, não se bateram. Nesta segunda-feira, no final da tarde, a agenda de Fábio Novo registra que haverá um encontro entre o petista e Marcos Aurélio. O que esperar?

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Fica para daqui há dez dias

A coluna antecipa a resposta: pode-se esperar uma conversa aberta, amigável e uma aproximação entre os dois, mas dificilmente uma adesão de Marcos Aurélio nesse momento. Filiado ao PSD, é verdade, o deputado federal integra efetivamente outro grupo político, o do pai, vice-governador Themístocles Sampaio, no MDB. A coluna soube por alto que uma conversa prévia de Themístocles e Rafael antes da transmissão de cargo ao vice-governador, deixou empenhada a palavra de que os dois líderes voltariam a conversar e decidir o futuro após o retorno de Fonteles da China.

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Apressados versus Pacientes

O MDB, como é praxe de Themístocles Filho, fará pesquisas para embasar decisões com números em mão. O maior líder do PSD, Júlio César, também é visto como um defensor da cautela nesse momento. Os pré-candidatos a vereador do PSD discordam e têm pressa. A coluna escreveu há algumas semanas que a chapa do Agir iria ser integrada à chapa proporcional do PSD. O Agir aderiu a Fábio Novo e agora o próximo passo é entrar dentro da chapa do PSD. Pois é...

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Simone, Zanatta ou nome surpresa

Se as coisas seguirem caminhando para onde caminham, o vice deve contemplar Themístocles e Marcos Aurélio. Petistas querem a deputada Simone Pereira, que de fato tem muitos predicados a seu favor. Emedebistas, sabem que as chances do médico Paulo Márcio ser aceito como vice são escassas, pois votou em Sílvio Mendes em 2022. Volta com força o nome do delegado e superintendente de Operações Integradas, Matheus Zanatta. Ele nega publicamente ter interesse em entrar na política, mas é nome de confiança de Marcos e Themístocles, com imagem conhecida positivamente e ligada a uma área sensível ao eleitor, a segurança pública. Depende dele. Em tempo: Zanatta ainda não é filiado a nenhum partido político.

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Marque a data desde que não seja hoje

Depois do som, veio o silêncio. Tudo muito quieto no final de semana. A dúvida sobre Sílvio Mendes ser o candidato da oposição hoje não existe mais. A questão é só o dia do anúncio. Apenas uma coisa é certa, os tucanos estão torcendo para que Sílvio não roube a cena na festa da convenção do PSDB, ao fazer lá o anúncio de que será o candidato a prefeito do grupo pelo União Brasil.

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Barre esse anúncio!

“Barrar esse anúncio (da candidatura de Sílvio) agora é fundamental. Ia parecer só uma reação à Bárbara. E ainda anunciar que o PSDB estaria fora da chapa majoritária na convenção do PSDB, é demais. O rancor pode precipitar tudo e não é hora”, avaliou um bem-informado tucano à coluna - sempre em off. Vão conseguir? Saberemos em breve.

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Qual é o lado do blocão, por favor?

“No dia em que o Firmino (Filho) aderiu ao Hugo Napoleão, foi a mesma festa”, vaticinou uma fonte que opera na alta política há um bom tempo e já viu de tudo. Opiniões à parte, um novo capítulo se inaugura na (pré)campanha: qual lado vai conseguir colar no outro a pecha de “blocão”. O eleitor piauiense, historicamente, tem comprado a ideia de ser contra o grupo que parece forte demais. Quem consegue vender que “está do lado do povo”(aspas aqui) leva a melhor. A linha é tênue, pois ninguém vota também em “coitadinho”. A diferença entre o remédio e o veneno é sempre a dosagem.

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Porcentagem

O leitor arrisca dizer quanto se transfere de votos quando um candidato desiste para apoiar outro? A turma que anda com os petistas se dá por satisfeita se 30% do total de intenção de votos em Bárbara do Firmino migrar para Novo. Alguns observadores da política mais conservadores, acham que ¼ é de bom tamanho, já que a migração é de grupos políticos bastante distintos ideologicamente. A coluna não chuta, então aguarda conferir a primeira rodada de pesquisas pós-anúncio.

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O meio

É básico, mas os conceitos sólidos desenham uma estrutura firme, não é mesmo? Um candidato majoritário não ganha a eleição apenas com os votos do seu grupo político. Um candidato proporcional, sim, pode trabalhar apenas com franjas do eleitorado. O majoritário sempre vai precisar migrar para abocanhar o eleitor de centro, seja com alianças pragmáticas, seja com um discurso mais abrangente.

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Se conselho fosse bom

Há três tipos de pessoas no mundo: as sonhadoras e faladoras, que não realizam nada porque não trabalham duro o suficiente ou são desorganizadas. O segundo, as que chegam à reta final, mas exaustas e sem energia – o que contamina a vitória. E o terceiro grupo, os que fecham o que começam e preparam tudo além do final: as consequências. Lute sempre para estar no terceiro grupo.

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Ilustre Leitor

A foto foi tirada bem de pertinho, mas é ele, o deputado estadual Henrique Pires (MDB), ilustre leitor da coluna. Sem medo de polêmica, o leitor sabe que se tem alguém para comprar briga pelo (e no) MDB, é ele. O deputado está sempre na ponte-aérea Teresina-Brasília, mas calma! Não é – por enquanto – plantando semente para disputar uma cadeira de deputado federal. Pires tem carreira profícua como advogado e carteira recheada de clientes na capital federal. Ele não para um minuto – exceto quando lê a coluna, ainda bem!

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Cifrada do Menos Zero

Um político que já foi muito popular, desacredita em pesquisas e tudo o mais que lhe apontem como motivos para mudar de projeto eleitoral em 2024. Ora mais, se ao chegar em eventos públicos ele recebe uma chuva de abraços, carinhos e palavras de apoio... em quem acreditar? Críticos de plantão vão dizer que o incentivo dos populares parece mais com o de quem vê ao vivo uma celebridade local e menos com voto nas urnas. Um obstinado aliado, à espera, aposta em “mão na consciência” para fazer com que o político aceite encarar o plano B.

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Foto do dia

A mãe da deputada Bárbara do Firmino, Lucy Soares, teria sido avisada para ir ao gabinete da parlamentar às 10h30. Não foi informada, segundo fonte próxima à Bárbara, do tema do encontro. Era o anúncio da adesão de Bárbara a Fábio Novo. Lucy será mesmo a candidata a vereadora do grupo, prego batido e ponta virada. Mas Breno Macêdo, advogado e esposo de Bárbara, não ficará fora da campanha. Ele deve assumir a linha de frente de parte da campanha de Novo em Teresina. Por conta das duras críticas que a deputada vem sofrido nas redes sociais, a família está mais unida em torno da missão de levar a vitória de Fábio na eleição na capital.