Chapa Ismael/Sílvio ou vice-versa tensiona relação com tucanos
O vereador Ismael Silva caiu nas graças do ex-prefeito Sílvio Mendes (União Brasil) e do senador Ciro Nogueira (Progressistas), é o que dizem interlocutores dos dois lados. Do lado de Sílvio, a defesa é Ismael de vice, claro. Do lado do Progressistas, bom, eles acham Ismael como cabeça de chapa algo inovador e um troco para Bárbara do Firmino. Ou seja, querem um novo Joel Rodrigues: nome de origem humilde, ainda desconhecido de parte do eleitorado e pronto para construir uma narrativa meteórica de sucesso (Joel, é verdade, não levou a eleição ao Senado em 2022, mas fez uma campanha de resultados fortes).
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Um problemão
Pesquisas qualitativas seriam os argumentos para guiar essa chapa Sílvio/Ismael (ou vice-versa). A coluna não escreve fábulas, e os finais felizes ficam mesmo para os contos de fadas da Disney. A realidade é cheia de problemas, e o do momento é esse: o PSDB fica onde? Liderando as pesquisas, Silvio não precisa aceitar ser vice. Mas se topar, os tucanos esperam que o cabeça de chapa seja o ex-deputado Luciano Nunes. Se Sílvio for o cabeça, Luciano deveria ser o vice. Ponto final.
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Aí foi demais
Com a palavra, os tucanos: “Estamos sendo duplamente desrespeitados. Um dia após os tucanos realizarem sua convenção, por sinal muito prestigiada, e reafirmarem o nome de Luciano e ainda apresentarem João Vicente como uma outra opção, o Sílvio deu entrevista e se lançou como candidato sem comunicar previamente a ninguém, ignorando completamente os nomes do PSDB”, argumentou à coluna um nome de alta plumagem, em reserva.
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Por que não avisou antes então?
“Se ele (Sílvio) não achava o Luciano (Nunes) qualificado para o cargo por que não disse desde o começo? Por que alimentou por tanto tempo essa pré-candidatura tucana? No mínimo, é um desrespeito com a história de Luciano e do PSDB”, completou a fonte, como o leitor pode notar, bastante indignada. Altas temperaturas no ninho da oposição.
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A escolha de Ciro
Ao senador Ciro Nogueira, o líder do barco da oposição, restam algumas decisões: escolher o candidato a prefeito de Teresina agora, e costurar sua viabilidade depois. Ou deixar as conversas rolarem até que as coisas se assentem. Essa última estratégia, como se pode notar, é a que tem fraturado o grupo. Atento à política nacional, observadores da política ouvidos pela coluna, acham que é hora do senador dar uma pausa no projeto de ser vice-presidente em 26 para cuidar da casa e deixar tudo em ordem. Primeiro as coisas primeiras.
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Óbvio ululante
O que ganha uma eleição? Discurso e estrutura, pois sem dinheiro, não dá para espalhar a mensagem e sem mensagem, dinheiro nenhum dá jeito.
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Voltando a amizade de outrora
Além da intensa articulação para sacramentar a filiação do ex-senador João Vicente Claudino ao PSDB - sigla a qual também deve retornar - o ex-secretário de Esportes Jorge Lopes, vinha trabalhando a reaproximação do presidente estadual do Progressistas, Joel Rodrigues, com JVC. Ambos estão dialogando sobre decisões na aliança de oposição, o que já se viu na Convenção dos tucanos, na última segunda-feira em Teresina. De volta a amizade!
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Rodando com menos
Em 2020, Teresina teve 26 chapas proporcionais, e mais de 20 fizeram vereadores. Muito mudou de lá para cá e a previsão mais otimista é que existam apenas 12 chapas competitivas na capital. Ou seja, os partidos ficam mais fortes e elegem mais nomes na mesma legenda. Por sua vez, a disputa interna é sangrenta, porque rodando menos chapas, a competição sempre se torna maior. Na vida e na política, não se pode ter tudo!
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Cresce e multiplica!
A eleição de 2026 está longe? Que nada! Não para aqueles que, assim como o leitor, pensam muito naquilo: política. O deputado estadual Dr. Vinicius (PT) tem engajado na campanha de Fábio Novo em Teresina, é verdade, mas também não descuida dos seus colégios eleitorais e, por que não, da ampliação deles? Uma das novas adesões é o vereador Evando Gonçalves, de Oeiras, cidade onde Dr. Vinicius já tem realizado um trabalho constante. O registro abaixo mostra a comemoração da nova adesão.
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Eu não abro um centímetro!
Depois da desistência do deputado federal Florentino Neto na disputa pela prefeitura de Parnaíba, nada de calmaria. Quem indicará o vice do candidato da base – Dr. Hélio pelo MDB? Bom, a coluna não sabe e se conseguisse prever alguma coisa, jogaria na loteria. Mas, é possível apresentar os fatos e deixar que o leitor conclua. O presidente da Câmara Municipal, Daniel Jackson, é do Solidariedade, sigla presidida pelo deputado Evaldo Gomes. Evaldo, que decidiu apoiar – e levar seu grupo com mais dois partidos – para o lado de Fábio Novo. Se não indicar o vice em Teresina, o SDD não deve abrir mão em Parnaíba. É a política!
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Se conselho fosse bom
Apesar do paradoxo dessa sentença, atente-se a isso: nunca dê conselhos para ninguém. Bons ou maus, não importa, as pessoas sempre vão se ressentir por você saber mais do que elas. A única forma de alguém mudar de ideia é através da própria experiência, com algo que as impulsione – de dentro para fora - a romper seus padrões de ver o mundo. Caso queira influenciar alguém, faça como Socrátes: sem dizer nada de negativo, entrincheire uma série de perguntas que leve seu interlocutor a refletir sobre a própria ignorância. Não force ideias, plante-as.
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Cifrada da Carta na Mesa
Um jovem ex-aliado de um político experiente, já está com tudo pronto para mudar de time. Mas, como a política é cheia de saltos quânticos, aguarda para ver o desfecho político de seu ex-mentor. Se houver rompimento desse experiente político com o atual grupo, o ex-aliado está pronto para assumir os grandes espaços dele. Caso não, a adesão do jovem a um outro candidato a prefeito já foi totalmente organizada. O político experiente faltou a uma reunião ao qual era esperado, e disparou seus recados de insatisfação após sentir que dois secretários fortes estão tramando contra ele. Rompimento é uma carta na mesa.
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Ilustre leitor
Não há ofício mais engajado na política do que aqueles relacionados ao Direito. Por isso mesmo a coluna fica sempre agradavelmente grata quando encontra um ilustre leitor que incorpora os bons preceitos da área. É o caso do advogado Germano Coelho, ex-superintendente do Ministério da Agricultura no Piauí e que advoga no profícuo campo do agronegócio. Germano tem focado atenção especial à questão da transição energética, tema de fronteiras a desbravar. Gosta bastante de política, é um fiel conselheiro da deputada Bárbara do Firmino e, alguns arriscam dizer, pode disputar uma cadeira no Parlamento estadual (ou federal) em 2026. Ele está em todas!
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Foto do dia
Prestes a completar um ano na presidência da Câmara Municipal de Teresina, já pode-se falar qual é o estilo de gestão do vereador Enzo Samuel? Três pontos: foco numa integração Câmara e comunidades, levando ações do Legislativo para os bairros com uma série de eventos; atenção à qualificação para o mercado de trabalho e, por fim, articulação política intensa, mas menos pirotécnica. Exemplo de aspectos dessas vertentes se deu no lançamento do cursinho preparatório para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O curso atende a estudantes economicamente desfavorecidos que almejam obter a aprovação no Exame da Ordem. As aulas também serão transmitidas pelo canal da Câmara Municipal no YouTube. Ponto para a Câmara!
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A frase para pensar
“Durante um certo tempo eu nunca disse no que acreditava, e nunca acreditava no que dizia, e se às vezes acontece de dizer o que penso, sempre o escondo entre tantas mentiras que fica difícil recuperar”, Nicolau Maquiavel, filósofo e historiador florentino do Renascimento, carta a Francesco Guicciardini (1521).
