Coluna 06/11/23

Saída de Admilson explicita disputa de forças na PMT

O ex-secretário municipal de Finanças, Admilson Lustosa, era tão forte, que não caiu, subiu. Saindo da Finanças, está de malas prontas para a estratégica secretaria municipal de Governo, hoje ocupada por Michel Saldanha. Claro que as questões financeiras e de articulação política enfrentadas pela Prefeitura de Teresina não podem ser personalizadas em A, B ou C (usando aqui uma expressão típica da gestão Pessoa). Mas, os vereadores e secretários, com seu rosário de queixas, não querem nem saber. Alguém tem que pagar a conta. Reclamações que vão do pagamento de terceirizados, “controle demais dos processos” (palavras das fontes), ao tom de voz com que são atendidos ou até mesmo ao fato do secretário A defender Jair Bolsonaro enquanto o secretário B defende Lula (isso no grupo de Whatsapp dos secretários, dava pano para manga, imagine o leitor), resumem, mas não esgotam o assunto.

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Quem sobe

Um secretário ouvido pela coluna foi questionado se as mudanças resolvem: “Ameniza”, disse, estilo sincero. Se um dos secretários a deixar o cargo simplesmente não fala mais com outros dois secretários e se a entrada dele nas articulações partidárias e de formação de chapa efetivamente ocorreu, é porque havia espaços a serem ocupados. A política não tem vácuo. É uma lei da física e a coluna é uma racionalista acima de tudo. Como vácuo não há, os espaços vazios voltarão a ser preenchidos. Para muitos nomes ouvidos pela coluna no final de semana, sobem em força o presidente da Eturb, João Duarte, o Pessoinha, e Ronney Lustosa, secretário de Administração. Como a coluna não acredita em previsões, no máximo em projeções, é ver para crer como as pedras vão se encaixar.

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Próximo!

A coluna tem algumas regras: falar do que ninguém está falando ou oferecer novos pontos de vista sobre o que as pessoas estão comentando, se for o caso. Informações recentes colhidas pela colunista apontavam que três gestores seriam exonerados (fatos antecipados pela coluna, nas últimas duas semanas). Nesse caso, dois já se sabem: Admilson Lustosa (remanejado, na verdade) e Michel Saldanha. O terceiro é um secretário de uma pasta realmente expressiva em ações e orçamento, mas sem martelo batido. Há anos, na verdade, a cabeça do gestor é pedida, em especial por vereadores. A aguardar. Quem, quem, quem?

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Camburão de seis

Se todo mundo que a colunista ouviu falar que vai entrar na chapa proporcional do PSD em Teresina, realmente entrar na chapa do PSD… a coluna não sabe quem vai sobrar para ser cauda! O fato é que o único nome certo mesmo, de mandato, é o vereador Vinício Ferreira. Há um suplente bem votado - na casa dos 4 mil votos para cima, para não dar muitas pistas - que também relatou à coluna ter quase tudo combinado para migrar ao PSD. Quando? “Na hora certa”. Detalhes? “O único detalhe é que não aceitamos mais ninguém de mandato e o Renato Berger tem que estar fora”. Então tá bom…

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Cifrada do GPS

Surpreso com mudanças recentes, um político importante questionou a outro político mais importante ainda, o que estava por trás de tudo aquilo. O político mais importante então fez assim: “Tá vendo aqui essa sala onde estamos? Dobra à esquerda, vai até o fundo, e dobra à direita. Foi ele”, respondeu (a coluna alterou as indicações geográficas para assegurar o sigilo). Disputas de sangue e poder, são comuns na política desde muito antes dos Bórgias. A fatura (justa ou não) está caindo na conta de um insuspeito terceiro nome, sendo apontado como o responsável por, diuturnamente, minar com informações (verídicas ou não) o poder de um ex-gestor. Bom, deu certo. Haverá troco?

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Se conselho fosse bom

Os melhores jogadores sabem descartar - e esse é um talento raro, mas ainda muito apreciado. Grandes quantidades geram desconfiança: pessoas que falam mais de si do que dos outros, que demonstram excesso de atenção ou afeto, que parecem desesperadas em agradar… Tentam vencer pelo volume e apenas denotam o quanto são fracas. A qualidade é e sempre será escassa.

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Ilustre Leitor

É preciso admitir que nunca antes na história desse país (uma licença poética aqui) houve um líder municipal como o vereador Antônio José Lira. E o leitor há de admitir que a verve de Lira é incendiária, demolidora e, por que não, afetuosa? O vereador chora, se emociona, se defende e ataca com tamanha intensidade, que passa de um estado ao outro em segundos que se parecem eternos no tempo da política. É fato que não é fácil derrubar Lira - e não há quem não tente - da função de líder do prefeito Dr.Pessoa na Câmara de Teresina. Quando não chega 3h da manhã para bater o ponto no plenário, quando não diz que vai revelar poucas e boas de quem votou contra a PMT, quando não está enaltecendo obras como a da avenida Camilo Filho e, por fim, quando não está com o filho Evaldo, de 11 anos, bom, quando não está fazendo tudo isso, AJL (abreviação que os mais próximos usam), lê a coluna. É um ilustre leitor, e a imagem prova.

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Foto do dia

No quesito chapas e disputas interessantes, corta para o Patriota, que trabalha para filiar o empresário da construção Natan Fonseca: “Se ele vier, vem sem problema de apoiar o deputado Fábio Novo para prefeito de Teresina”, fez questão de deixar claro o articulador da chapa, Gustavo Henrique. Natan vem a ser ex-marido de Gessy Lima e é primo do pastor Bezalieu, presidente estadual da Assembleia de Deus Missões, assumindo a função após a morte de Nestor Mesquita. O grupo foi, por muito tempo, apoiador do ex-prefeito Firmino Filho no campo do Grande Dirceu. Gustavo Henrique avisa aos desavisados que tem “previsão realista de eleger pelo menos dois vereadores e sonhar com o terceiro nas sobras”. Estejam cientes.