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Coluna 14/11/23

 

Com MDB bancando Paulo Márcio, Luciano se fortalece como vice de Fábio Novo 

 

Com o MDB  sem ter nada a perder e caminhando para bancar a candidatura própria do médico Paulo Márcio para a prefeitura de Teresina, afunilam-se as possibilidades de escolhas de vice para o deputado Fábio Novo: o PSD pode filiar a irmã do ex-prefeito Firmino Filho, Losane Paulo; o PSDB pode aderir com Luciano Nunes na vice e o Solidariedade segue com o intuito de sentar na mesa de decisão, já que em 2020 foi Evaldo Gomes quem indicou o vice de Novo, Érico Luís. O tópico Luciano Nunes merece um capítulo à parte, pois mesmo com diálogo estabelecido com o senador Ciro Nogueira e pontes redesenhadas com Sílvio Mendes, os ex-secretários mais próximos de Firmino que seguem no comando do PSDB veem com mais simpatia uma adesão ao PT, estilo chapa Lula/Geraldo Alckmin. Moldes frente ampla.

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Não é essa Coca-Cola

 

Nunes e Fábio Novo, segundo apurou a coluna, já tiveram encontro presencial, sem divulgação pública da agenda. Hoje, a corrente que enxerga essa possibilidade de chapa Fábio/Luciano, cresceu bastante em comparação à semana passada. Termômetros da bolha da política, atualizados. Já uma fonte pragmática do entorno de Fábio Novo, que também almeja a vice do PT, acredita que os tucanos podem sim ficar com Fábio Novo, mas não para ocupar a vice: “Eles não são essa grife que eles acham. Não existe mais grupo político”, criticou, em reserva. Os tucanos querem responder? A coluna está aberta à réplica, por sinal, em nome do bom jornalismo.

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Hora do adeus

 

Final do ano: tempo de fazer listas de resoluções que nunca serão cumpridas, engordar prometendo entrar na academia sem falta em janeiro e gastar o que tem e o que não tem no cheque especial. Tempo também de reforma administrativa. Mas não no Governo Estadual. Pelo menos é isso o que esperam secretários ouvidos pela coluna. A informação mais atualizada é de que apenas os secretários que vão disputar a eleição municipal de 2024, irão deixar o secretariado de Rafael Fonteles. Caso de Pablo Santos (Picos) e Dr.Hélio (Parnaíba), dentre outros.

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Vá com Deus

 

Os secretários-candidatos são convidados a saírem espontaneamente, de preferência em dezembro, no mais tardar em janeiro e não em abril, prazo regular de desincompatibilização dos gestores públicos que disputarão a eleição. Os secretários que saem indicam os sucessores? Pode ser, até o período da eleição. Depois, ganhando, vão cuidar das prefeituras recém-conquistadas. Perdendo, devem voltar aos cargos. 

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Argumentos a favor

 

Até políticos de oposição, admitem que do lado de Fábio Novo há um Governo bem avaliado, o de Rafael Fonteles, e muita organização. Isso foi visto no evento de lançamento da coleta de propostas do plano de Governo do PT na última segunda-feira à noite. O fato de estarem presentes muitas  lideranças que foram ligadas às gestões do PSDB no passado, também chamou a atenção, assim como o discurso do governador Rafael Fonteles, destacando nominalmente o papel de cada aliado para a vitória de Fábio. A turma entendeu que o recado é: não se vence sozinho, vamos nos unir.

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Do lado contrário

 

Em contrapartida, pois nem tudo são flores, os adversários fazem o seguinte contraponto: “O Kléber (Montezuma) não era o Firmino e o Fábio (Novo) não é o Rafael (Fonteles)”. Alegam que o PT é um partido hegemônico, ou seja, prefere perder e liderar a oposição do que abrir para um aliado ganhar. Dessa forma, apontam para uma concentração excessiva de poder em apenas um polo do espectro político no xadrez local. Se os argumentos serão convincentes ou não, é outra historia. Mas o leitor ao menos fica bem informado do que andam falando, é ou não é?

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Se conselho fosse bom

 

Não existe maré de azar, perseguição, tramas do destino… nada disso! Tudo que as pessoas têm na vida, de bom ou de ruim, é culpa delas mesmas - exceto obras do acaso, como acidentes ou doenças. Até mesmo o contexto e as circunstâncias favoráveis podem ser criados por quem tem a habilidade de cativar a mente e o coração dos outros. As pessoas que só querem receber sem oferecer nada em troca, serão facilmente substituídas na próxima esquina. Aqueles que vivem de contrariar os outros, são imprudentes e precipitados ou se exibem de modo repetitivo, apenas colhem o que plantam, nada mais. As coisas que valem muito, exigem muito esforço. É preciso coragem, já que até os coelhos puxam a barba de um leão morto. 

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Cifrada da Tréplica

 

Após a inofensiva informação veiculada na edição de ontem da coluna de que os vereadores e suplentes que não apoiarem Fábio Novo podem ser tratados como adversários políticos em 2024, um parlamentar da capital, sempre muito sincero, mandou um recado (a colunista é apenas a mensageira): “Se o tratamento for assim vamos ser adversários. Vale mais a pena, pelo menos sendo adversário, a gente sabe que a gente não tem mesmo as coisas. O mau do esperto é achar que todo mundo é besta!”. Xiiii... Alegando pendências antigas não cumpridas e acordos em ritmo lento, vereadores jogam na conta de um político que tem fama de nunca atender o telefone e demorar meses para retornar as chamadas, os motivos de estarem jogando para os três lados: prometem apoio ao PT, passam tempo no guarda-chuva do Palácio da Cidade e mandam discretos acenos a Sílvio Mendes. O menos astuto entre eles ganha uma partida de xadrez de olhos fechados do gênio Garry Kasparov, o leitor duvida?

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Ilustre Leitor

 

Um poder importante e muitas vezes negligenciado pelos afoitos é esse: o de escolha. Nesse caso, quem tem quatro cartas na mesa, à disposição, é o deputado Jeová Alencar: 1- voltar à Assembleia Legislativa em fevereiro do ano que vem; 2- ser o candidato a vice de Dr.Pessoa; 3- buscar ser o vice de Sílvio Mendes; 4- trabalhar para ser o cabeça de chapa numa chapa com Sílvio (a ordem apresentada não corresponde, necessariamente, à preferência de Jeová). O fato é que o histórico de Jeová é o de ousadias. O leitor não se surpreenda se uma quinta opção não elencada figurar na lista. Ter sido, seguidamente, o vereador mais votado em Teresina está diretamente ligado com a lotação do escritório político do superintendente da Saad Sul, na zona Sul da capital, com uma fila interminável de pessoas à espera de atendimento. A coluna é testemunha ocular. O deputado serve bolinhos, capuccino e sorrisos ao lado do filho, Samuel Alencar, que deve ser seu candidato a vereador junto com o apoio a ser dado à vereadora Thanandra Sarapatinhas em sua reeleição. Com mil e uma tarefas no dia, quando tem um minuto para respirar, Jeová é leitor da coluna. A imagem é a prova.

 

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Foto do dia

 

Falando em mudanças, quem trabalha para assumir na Assembleia Legislativa é Vanessa Tapety, suplente do MDB e representante da região de Oeiras. Como o adversário histórico da família Tapety, os Sá, estão na Alepi com o deputado B.Sá, o contraponto político é de bom tom. Há alguns meses, houve movimentações envolvendo os Tapety e a deputada Ana Paula (que indica do Detran) e o suplente de deputado Tiago Vasconcelos, que está no comando da Cendfol, mas as conversas ainda não chegaram a um ponto comum, pois dependem do aval do próprio Governo. A aguardar.

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A frase para pensar

 

“Brigar para baixo não lhe traz vantagem alguma”, Antônio Carlos Magalhães (1927-2007), ex-governador da Bahia.

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*Nem só se política se vive, portanto, a coluna não circula no feriado de 15/11, mas volta a rodar normalmente na quinta-feira. A recomendação ao leitor é a de praxe: beba muito líquido (água!), use protetor solar, leia um bom livro e evite falar mal da vida alheia. Em caso de descumprimento das medidas, a coluna não se responsabiliza por nada.

 

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