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Coluna 22/11/23

O quarteto de vices tucanos para Fábio Novo

Consta que é aguardada para as próximas semanas uma conversa definitiva entre o governador Rafael Fonteles e o vice-governador Themístocles Sampaio sobre a sucessão em Teresina. O MDB vai seguir com o médico Paulo Márcio em voo solo para a prefeitura da capital? Se sim, tudo bem, sem stress, fica combinado de se unirem no segundo turno. Como a vaga de vice estava reservada até ontem ao MDB, volta à tona as conversas para decidir quem acompanhará Fábio Novo na chapa majoritária. Os tucanos têm a preferência.

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Luciano, Said, Canindé ou Charles

A coluna ouviu de um petista das altas rodas, a sugestão: “Tem o quarteto dos tucanos, né?”. Tem? Quem seria? “Se o Luciano (Nunes) não quiser, o Charles da Silveira, o Fernando Said ou o (Francisco) Canindé”, apontou a respeito dos ex-secretários do núcleo duro firminista. Segundo o petista, em reserva, os nomes sêniores do PSDB trariam equilíbrio para a chapa: “Seria um nome mais maduro para equilibrar com o Fábio, que é mais jovem”, argumentou. Será?

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Enquanto isso

Pelo sim, pelo não, o PSDB tem o plano de manter o nome de Luciano Nunes até março ou abril do ano que vem enquanto analisam os cenários, ainda instáveis (a coluna tratará com mais profundidade do tema na edição de amanhã). Os tucanos aguardam um gesto público do ex-prefeito Sílvio Mendes a favor de Luciano. Pensaram em coletiva, sugeriram entrevista, mas até agora, não houve movimento nessa direção. Paralelo a isso, seguem os acenos do PT aos tucanos de alta plumagem. 

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Uma boa notícia e outra nem tanto

Na liturgia dos poderes, a ida do presidente da Eturb, João Duarte, o Pessoinha, na tarde de terça-feira, 21, à Câmara de Teresina, teve um lado positivo e um negativo. O encontro aconteceu com o presidente da Câmara, Enzo Samuel, e os vereadores Venâncio Cardoso, Deolindo Moura e Pollyana Rocha. A coluna é uma otimista incorrigível, então vamos começar pelas boas notícias: ficou confirmado que Pessoinha será o interlocutor escolhido para intermediar as questões entre Câmara e Prefeitura, especialmente na delicada pauta do Orçamento de 2024. A coluna havia antecipado o tema há algumas semanas, o leitor deve lembrar.

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Lado bom

Em off, dois vereadores resumiram o encontro: “Queremos ser tratados com respeito, e que paguem nossas emendas, uma garantia de não darem calote”. Entre os vereadores cujas emendas são cobradas pagamento estão Evandro Hidd e Gustavo de Carvalho, opositores da PMT. “O prefeito foi eleito, a população votou nele e nossa ideia é preparar a transição, deixar ele ter condição de fazer uma gestão. É um acordo de tranquilidade para acabar com brigas”, completou outro parlamentar. Ok, ok...

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Checks and balances

No meio disso tudo, serão enviados projetos de lei da PMT com o objetivo de reorganizar o Orçamento, especialmente na parte de autorização para pagar despesas urgentes como terceirizados e prestadores de serviço. É uma forma de deixar a PMT tomar fôlego, reenquadrando a peça orçamentária. Claro, os projetos precisam tramitar com urgência, precisam de votos. 

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Lado não muito bom

O leitor achou que tudo estava bom demais para ser verdade? Na contraface da conciliação, fontes do Legislativo apontam que a ausência do líder do prefeito, Antônio José Lira, e do presidente da Comissão de Finanças, vereador Alan Brandão, caíram como uma bomba após o encontro. Emissários afirmam que Lira sequer estava ciente dos projetos de lei com mudanças no Orçamento. “Para que se unir com gente que quer derrubar a Prefeitura noite e dia? Gente que só debocha?”, questionou um político claramente contrário à escolha de Pessoinha como interlocutor do grupo palaciano. Esse político vê no encontro ocorrido na CMT uma espécie de enfrentamento velado ao deputado e superintendente da Saad Sul Jeová Alencar. 

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O problemas das UPA’s e UBS

Antes que a coluna vire um livro de 500 páginas, ainda dá tempo de falar que há um pano de fundo estratégico, que diz respeito à divisão de indicação de diretorias de unidades de saúde em Teresina, em especial a UBS Santa Maria da Codipi, e as UPAS do Renascença e do Promorar. A do Promorar seria indicada por Vinício Ferreira, passou para Marquim Costa, mas não ficou por aí. 

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Vai e volta

A PMT, que precisava aprovar três vetos do prefeito Dr.Pessoa, perdeu essa semana um veto com voto contrário de Vinício Ferreira. Ou seja, cada voto importa. Já o impasse sobre a UPA do Renascença e a UBS da Santa Maria passa por uma disputa com os vereadores Alan Brandão e Marquim Costa junto a Joaquim Caldas. No final das contas, nem Alan, nem Marquim nem Joaquim levaram, o vereador Roberval Queiroz foi quem ganhou a preferência. Nada definido. 

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De volta para o futuro

Após a publicação, na coluna de ontem, sobre projeções eleitorais para 2030 envolvendo o governador Rafael Fonteles e o senador Wellington Dias e a única vaga disponível ao Senado, uma fonte da oposição mandou a singela mensagem à colunista: “Você foi longe, rs, 2030”. A resposta da colunista: “O povo fala, eu só escrevo”. A tréplica do parlamentar: “Pedir a Deus que estejamos vivos até lá”. Bom, por via das dúvidas, a colunista pretende viver até os 120 anos, só para conferir se as projeções se confirmam ou não...

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A teoria de tudo

Já um outro atento leitor da coluna, dessa vez um que anda por dentro das coisas no PT, deu razão a essa humilde cronista da vida política: “Verdade. Já presenciei várias conversas a respeito desse quadro político para 2030”. Por fim, caso Wellington Dias (ou Rafael Fonteles) não se cacifem até mesmo para uma disputa presidencial em 2030 no próprio PT nacional, fontes projetam cenários hipotéticos onde Wellington poderia ser vice de Rafael ou ir para o Tribunal de Contas da União. Tudo teoria, claro. A colunista, só ouve os políticos e compartilha com o leitor as hipóteses. 

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Ilustre Leitor

Dia desses a colunista estava ao telefone, por volta de 19h, com o vereador de Teresina, Luís André, atrás de informações. Fazia um barulho tamanho do outro lado da linha e o parlamentar respondia às perguntas da colunista enquanto trocava palavras afetuosas com uma idosa, sua eleitora, em uma comunidade da capital. Luís André tem uma agenda intensa, muito além da busca pela reeleição: seja como secretário municipal de Meio Ambiente - pasta a qual tem buscado aprofundar os projetos em visitas a modelos de outros estados - seja nas articulações políticas. Ex-presidente do PSL no Piauí, ele tem bons laços e trânsito em Brasília, e é sempre ouvido no Palácio da Cidade quando o assunto é partido. Quando consegue brecha, é ilustre leitor da coluna:

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Se conselho fosse bom

O caminho da singularidade é a única saída para vencer a concorrência. Não se importe com tentativas de cópias, considere uma homenagem que os mais fracos lhe prestam: no fundo, ninguém vai ser melhor em ser você do que você mesmo. Mesmo que imitem ipsis litteris cada passo que você der, o resultado sempre será inferior, pois a combinação das suas motivações, propósitos, história de vida, carisma e magia são únicos. Quanto mais diferente da massa você for em estilo e personalidade, mais sua força se multiplica. 

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Cifrada da Confusão no Zap

A confusão cantou num grupo de Whatsapp de um competitivo pré-candidato a prefeito de Teresina. Um suplente conhecido por não ter papas na língua resolveu desancar um deputado que tem conversado com outro grupo político. O nome mais bonito ao qual o parlamentar foi chamado foi de “vendido”. O deputado também é famoso por não deixar barato, e soltou os cachorros para cima do suplente. Tudo isso aconteceu na semana passada. Para resolver o B.O., o pré-candidato a prefeito saiu com uma inusitada solução: criou outro grupo de Zap e, dessa vez, manteve apenas os mais chegados do núcleo duro. A coluna, como sempre, torce pela paz. 

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Foto do dia

O suplente de vereador Allysson Pêgo (PSD) nega que tenha qualquer divergência com a permanência do suplente Eduardo Dragalana na chapa proporcional da sigla em Teresina. Muito pelo contrário: “Recebi com muita tristeza essa informação com nosso nome (informação de que ele e outros suplentes do PSD não querem a permanência de Dragalana e Renato Berger na chapa). Tenho um grande respeito com todos os pré-candidatos do PSD, assim como o Eduardo Dragalana, no qual temos um respeito mútuo desde sempre”. Registro feito. Volte duas colunas para entender. 

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A frase para pensar

“O pior deve ser feito com os melhores”, Isser Harel (1912-2003), espião, fundador do Mossad israelense.