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Coluna 23/11/23

Vereadores chateados com "passada de perna" em lideranças de candidato a prefeito

Alguns vereadores têm se sentido levemente incomodados (eufemismo) com a estratégia majoritária de um importante grupo político em Teresina. “Na época do Firmino (Filho), ele conhecia todo mundo pelo nome. Agora, são apenas os vereadores que têm os controles das lideranças, mas não querem nos valorizar e acham que não precisam da gente. Vamos ver mais na frente como vai ser”, resumiu um decepcionado parlamentar em conversa com a coluna. 

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Não preciso de vocês

Os líderes comunitários mais antigos e conhecidos, como presidentes ou ex-presidentes de associações de bairros, estão sendo mapeados e contactados diretamente pela articulada equipe desse pré-candidato a prefeito. Os vereadores são quase desnecessários sob esse ponto de vista, já que encarecem a fatura, o leitor há de concordar. Para quê intermediário, não é mesmo?

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Ah, precisa sim...

Mas - sempre tem um “mas” – o que os vereadores alegam é que foge à estrutura centralizada de uma campanha majoritária, o conhecimento sobre as lideranças menores: quem são e onde encontrá-las? “Pode vir quem for que não muda o prefeito das minhas lideranças. Elas, eu criei sozinho. Peguei 100 pessoas e dei estrutura, depois fiquei com 60, as melhores. Aí peguei mais 200 e fui formando”, explicou um outro vereador.

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Eu tenho o mapa

Resumo do resumo: para um vereador ter de 4 mil a 5 mil votos, é preciso conseguir de 400 a 500 lideranças, grandes e pequenas – das que conseguem 100 votos numa comunidade a grupos de famílias com cerca de 20 votos, por exemplo. “Quem está todo dia dando uma cesta básica, um exame, somos nós. Não adianta querer pegar liderança menor no varejo”, criticou o vereador à coluna, sempre em off. A questão é: os vereadores terão em 2024 o mesmo peso que tiveram em 2020 e 2022?

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Se conselho fosse bom

Se você é muito bom no que faz, convém se fingir pontualmente de bobo para não ofuscar aqueles que estejam em condição de lhe prejudicar. Deixe os outros confortáveis de que você não é uma ameaça. Tudo o que você vai conseguir falando o que pensa de verdade é ser marginalizado, alvo de ataques e perseguições. Quem tem poder, sempre tem um grande ego e necessidade de validação. Faça o jogo dessas pessoas enquanto trilha seu próprio caminho sem chamar a atenção desnecessariamente. Não coloque um alvo nas suas próprias costas.

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Ilustre Leitor

Não foi no gabinete de um ministro, na liderança do Progressistas ou junto ao senador Ciro Nogueira que o suplente de vereador de Teresina e empresário Victor Linhares foi flagrado lendo a coluna. Ele estava no Salão Verde da Câmara dos Deputados em uma quarta-feira movimentada, típica de uma agenda dividida entre Teresina, Brasília e São Paulo. A coluna soube, assim por alto, que Victor pode mesmo ficar mais tempo em Brasília, adiando o projeto de assumir uma vaga na Câmara de Teresina no lugar de Aluísio Sampaio. 

Há planos maiores para Linhares, que deve sim somar na chapa do Progressistas. A coluna só não sabe informar se é a chapa de vereador em 2024, já que ventos da capital federal assopram para uma posição de Victor na Assembleia Legislativa ou até mesmo na Câmara Federal em 2026. Dizem que ele que terá o apoio de um forte padrinho...

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Cifrada do Passando por Cima

Fogo de monturo é algo que se queima por baixo, sem que se perceba. Seria essa a situação de dois vereadores em uma superintendência da capital (não é quem vocês estão pensando!)? É que um ocupante de cargo chave, que era indicado por um vereador, passou a ser apadrinhado por outro parlamentar. “Ou seja, o X tomou a pessoa que era do vereador Y”, resumiu uma fonte. Até aí, tudo mais ou menos bem. O bicho mesmo quando esse ocupante de cargo chave passou a informar ao padrinho vereador as ações da pasta antes que o outro parlamentar que divide indicações soubesse do que estava acontecendo. “Estão atropelando o vereador Z, isso é insubordinação”, opinou uma fonte. A coluna torce pela paz e para que o vereador X não tome satisfações com o vereador Z!

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Foto do dia

A coluna abriu a caixa de Pandora das teorias para 2026 e 2030, é tudo culpa das fontes ouvidas pela colunista, há de se admitir (leia a coluna de ontem e a anterior a esta para entender). O senador Wellington Dias está muito bem, obrigado no ministério do Desenvolvimento Social. É cotado até para a sucessão de Lula no futuro, quem sabe? Tem pela frente outros nomes de peso do PT, como Fernando Haddad, mas está na disputa interna no mesmo patamar que outros petistas como Camilo Santana. Fato é que no Piauí o pessoal que é viciado em política faz suas apostas e uma delas é a de Wellington poderia sim ser o candidato a vice de Rafael Fonteles em 2026 (em 2030 só há uma vaga para o Senado). “Assim o PSD ganharia em definitivo uma vaga ao Senado com a Jussara (Lima) e um nome mais próximo ao governador poderia disputar o Senado”, acredita um petista ouvido pela coluna. Teorias...

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A frase para pensar

“Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas", Manoel de Barros (1916-2014), poeta.

 

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