Veto a Paulo Márcio pode cair para unir PT e MDB
Uma fonte ligada à cúpula de decisão do PT deu a deixa sobre o cenário para resolver o impasse com o MDB em Teresina na eleição de 2024: “Vão aceitar qualquer indicação do vice-governador (Themístocles Sampaio), mesmo considerando que o Paulo Márcio não foi a melhor estratégia do vice”. Paulo Márcio votou em Sílvio Mendes e Jair Bolsonaro em 2022, o que seria o motivo alegado para a resistência em aceitá-lo no grupo governista. Além disso, há alegações dentro do MDB sobre o médico não ser alguém "do grupo".
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Será?
Se o núcleo duro da campanha de Fábio Novo teoricamente aceitará “qualquer indicação, sem veto”, vinda do MDB (leia-se, Themístocles), isso significa que pode sair uma chapa Fábio Novo e Paulo Márcio? A coluna não vai tão longe e segue longe do profícuo ramo das previsões. Se o leito quiser arriscar... Fora isso, não são poucos os políticos que acreditam num crescimento de Paulo Márcio atingindo os dois dígitos nas pesquisas a partir do próximo ano, o que o tornaria o fiel da balança na eleição de Teresina. E se...?
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Sempre ficam dois no final
Tanto fontes da oposição como aquelas ligadas a Fábio Novo apostam que a eleição de 2024 será plebiscitária: “É para resolver no primeiro turno”, disse um político do mais alto escalão em uma roda dia desses. De fato, toda eleição se desenha com duas vias principais. O que pode acontecer de novidade é a terceira via subir e disputar o protagonismo com um dos primeiros colocados, rebaixando-o e ocupando seu espaço. Outra versão da polarização.
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O vice, pra depois
Ainda no assunto vice, na oposição um grupo forte defende que a escolha de quem acompanhará Sílvio Mendes na chapa majoritária ocorra apenas em junho do ano que vem. Dentre os expoentes desse lado está o deputado federal Júlio Arcoverde (Progressistas), que disse à coluna acreditar que é necessário mais tempo para avaliar as opções colocadas até agora (o vereador Ismael Silva e o ex-prefeito Joel Rodrigues)... e as que surgirão!
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Indícios
Júlio afirma que a chapa comandada por Sílvio Mendes aguarda defecções da base governista. A coluna ousa dizer que o vice pode vir até mesmo do próprio Republicanos, considerando a provável federação entre Republicanos, Progressistas e União Brasil. Com o Progressistas comandando a federação e a boa relação do deputado Jeová Alencar com Sílvio, Ciro Nogueira e Arcoverde, cresce a corrente que defende que Jeová seja o vice de Sílvio - e isso é um fato.
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Quem vai conversar de política?
Para completar, um político de relevo da oposição dá um bom argumento para tal, em reserva: “O Sílvio (Mendes) não é de sentar para fazer política, mas o Jeová é, então é uma chapa que completa. O Joel é um ótimo nome, mas tem a questão jurídica, se ele pode ser candidato e também o fato de ser alguém de dentro do próprio grupo, não soma muito”. Ok, ok.
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Lógica aristotélica
Um político que entende de chapas, diz que é assim a lógica num partido pequeno na capital quando se trata de convencer a respeito da entrada de nomes competitivos na joagada: “Com 25 candidatos, tem 10 que acham que disputam e 15 que sabem que não disputam. Esses 15 aceitam qualquer um entrar na chapa, querem ganhar alguma coisa antes e depois da eleição. Dos cinco que realmente disputam, é melhor ser suplente de um ou dois vereadores?”. Faz sentido.
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Se conselho fosse bom
Aquilo que você sempre pensou em tentar, mas nunca fez porque não tinha certeza se ia funcionar. Faça isso. Você tentou não seguir essa centelha por muito tempo e deu no que deu. Não fazer não funciona. Seja um divergente. Um fato bastante conhecido é que começar buscando aceitação social é um empecilho para o sucesso. Os que não se importam em parecerem “estranhos” por um curto período de tempo, costumam levar a melhor.
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Cifrada da Candidata Sincera
Uma pré-candidata a vereadora super sincera e bastante conhecida, já mandou avisar aos colegas que estão organizando chapas que eles podem sim inclui-la no partido que for melhor para a estratégia do grupo. Só que como tudo que é bom demais para ser verdade, tem um “porém”: “Ela já avisou pra gente que não vai fazer campanha nem gastar dinheiro e que vai ter no máximo 200 votos”, contou um vereador que participa das conversas em Teresina. Como todo partido precisa de mulheres para atingir a cota de gênero exigida pela Justiça Eleitoral, ainda é para achar bom!
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Foto do dia
Se o senador Sergio Moro (União-PR) e o ministro da Justiça, Flávio Dino, não tivessem passado os últimos anos trocando farpas duríssimas, a foto abaixo, da jornalista Gabriela Biló, não seria nada demais. Não é o caso. Mas revela bem os meandros da política real: a ida de Flávio Dino à Comissão de Constituição e Justiça do Senado foi marcada pelo drible às perguntas mais espinhosas – como sua opinião sobre a descriminalização do aborto – e acenos aos congressistas, quando afirmou não ter simpatia por decisões monocráticas do Supremo que derrubem deliberações do Congresso. Sem maiores surpresas e blindado pelas articulações anteriores do Palácio do Planalto com os presidentes da CCJ, Davi Alcolumbre e do Senado, Rodrigo Pacheco, Dino mostrou que a política ainda é um espetáculo interessante de assistir.
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A frase para pensar
“Puxe bem o saco escolhido, mas puxe um só, não puxe saco a varejo”, Augusto Frederico Schimidt (1906-1965), poeta, em receita para o sucesso na administração pública, em frase a ele atribuída por Autran Dourado.
