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Coluna 14/12/23

A pedra no sapato na formação de chapas de Fábio Novo

Em política, não tem muito espaço para quem adere à filosofia de “viva e deixe viver”. O leitor sabe que há candidatos prometendo filiação em três partidos ao mesmo tempo na eleição de 2024. Como a legislação de 2024 ainda não permite essa situação inusitada, não são poucos os que sairão frustrados da história. 

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Teoria contra Prática

A coluna perguntou a um pré-candidato a vereador em Teresina se ele estava em determinada chapa e a resposta foi essa: “Hoje, teoricamente, estou lá”. Bom... O parlamentar não está satisfeito no local onde abriga-se atualmente, mas isso não quer dizer nada. “Vou ficar até quando me chamarem com uma proposta melhor, creio que em março”. 

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Vamos pegar de lá

Na base de Fábio Novo, os cálculos mais otimistas são esses: Federação do PT (elegendo 6 vereadores); PSD (2 vereadores); MDB (3 vereadores - se tiver o apoio do Governo); SDD (2 vereadores), PDT (2 vereadores). Nenhum dos partidos citados, exceto a federação do PT (e olhe lá), tem chapas formadas e muitos contam com defecções diretas do Palácio da Cidade.

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Derruba as chapinhas

Vamos à novidade: há, nesses cálculos, um trabalho de bastidores para desmontar as chapinhas montadas de vereadores do Agir, Rede e Partido da Mulher Brasileira. Motivos? “Não é interessante ter muita chapinha se não falta cauda e fica muita sobra”, admitiu um político que entende de formação de chapa, ouvido pela coluna.

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Procurando Nemo

Políticos da espécie “peixe grande” (mais de 4 mil votos em 2020) almejam entrar em aquários pequenos (chapinhas), ondem navegam com maiores chances. Há, dessa forma, alguma resistência interna para fechar a estratégia. A política está sendo feita agora, leitor, ao vivo. Assistiremos. 

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Os candidatos são esses (ou não)

Entendidos da política concordam que o cenário eleitoral hoje em Teresina está mais propenso a ficar assim: Fábio Novo (PT) e Paulo Márcio (MDB) numa chapa, Sílvio Mendes (União Brasil) e Jeová Alencar (Republicanos) na outra. “Consequentemente, é Rafael (Fonteles) versus Ciro (Nogueira)”, analisou um político à coluna.

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Tão pensando em 2028

“Para o Jeová seria bom ser vice do Sílvio, pois ele poderia não ir para a reeleição e o Jeová disputaria a Prefeitura em 2028, fora poder indicar na PMT a Semcaspi, que ele sempre almejou”, completou a fonte, em reserva. 

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Uma pedra no meio do caminho

Há um “porém” (sempre há um “porém”): “O Paulo Márcio como vice do Fábio atrapalha o discurso de que o Fábio é o candidato do Lula e do outro lado tem o candidato do Ciro e Bolsonaro, já que o Paulo Márcio votou no Bolsonaro”, ressalva um petista.

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Dica de ouro

Em campanha eleitoral, é muito comum que aqueles que estão atrás busquem a estratégia de imitar o líder. O pensamento oculto que guia essa conduta é o seguinte: “Se eles estão na frente, devem saber o que funciona”. Errado. Deve-se buscar o atributo oposto. Se eles são a experiência, você é a vontade de ousar e mudar. Se eles são disruptivos, você é o contrário, a segurança. Jogue contra o líder. 

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Se conselho fosse bom

A sinceridade é apaziguadora. Se você já sabe que vão lhe atacar pelos motivos X, Y e Z, antecipe-se e fale você mesmo o que aconteceu – claro que apenas sob o seu ponto de vista. Quem sai na frente espalhando a primeira versão, costuma ter mais capacidade de influência do que aqueles que apenas reagem e ficam o tempo todo com medo e na defensiva. Estabeleça você a primeira a versão dos fatos e quando lhe atacarem diga que tudo não passa de ressentimento e inveja.

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Cifrada do Documento do Veto

Atuais e futuros integrantes de uma chapa de vereadores de tamanho médio, já bateram o pé de que não aceitam um colega candidato (vamos chamá-lo de X) no mesmo grupo em Teresina. “Eu dou um bombom pra minha liderança e ele vai lá e oferece cinco”, resumiu um vereador, sincero sobre os motivos do veto. A cúpula da legenda reluta em tirar o pré-candidato, que é suplente, apesar da pressão. Um dos dirigentes propôs então que cada membro da chapa assinasse um documento para dizer que não aceitam X no partido. O pessoal disse que assinava na hora. Por ora, X segue na sigla – e sem sinal do tal documento para oficializar o veto.

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Foto do dia

Tudo é uma questão de estar na hora certa, no lugar certo e, claro, ter a atitude certa. Foi assim que o ex-vereador e suplente de deputado federal de Timon, Henrique Júnior (PL-MA), que assumiu o mandato há cinco dias em Brasília, ficou na presidência da Câmara dos Deputados por alguns minutos na quarta-feira, 13. Não é praxe que parlamentares novatos sentem na cadeira de Arthur Lira, mas Henrique Júnior acompanhava tudo de perto e quando dois deputados na função de secretários tiveram que se ausentar – um deles era a deputada Maria do Rosário (PT) – o timonense pediu para ocupar o espaço (e ganhou). 

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A frase para pensar

“A partir da posição dos nossos adversários, podemos tirar conclusões quanto a seus planos e agir de acordo com eles”, Karl von Clausewitz, militar do Reino da Prússia, considerado um grande estrategista militar e teórico da guerra.

 

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