O que falta para Luciano Nunes aderir a Fábio Novo
Imagine que você, seu grupo familiar e político passaram a vida toda criticando o modo petista de governar. Mas, depois de muito tempo, o governo mudou. Ainda é do PT, mas de outro estilo. Você começa a falar e entender a mesma língua de quem foi seu adversário. As críticas cessam, da sua parte e do outro lado também. Mas daí a você apoiar seu antigo rival, é um processo. É no meio desse processo que encontra-se o ex-deputado Luciano Nunes, que reuniu-se mais uma vez na noite de sexta-feira com o deputado Fábio Novo (PT), em Teresina.
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Decido só em março
A coluna apurou com fontes das altas cúpulas tucanas e petistas, que há esforço coletivo pela viabilização do apoio de Luciano a Fábio. O esforço é necessário porque há resistências, claro. O ideal seria que ocorresse o quanto antes, para dar mais tração ao pré-candidato petista no enfretamento a Sílvio Mendes (União Brasil), mas a decisão não será agora. Março é o deadline, o prazo final, para Luciano dizer: apoia ou não apoia?
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Marden vai primeiro
“Pelo que soube, o Marden Menezes vai apoiar agora o Fábio Novo. Ele indo, seria uma escada que facilitaria a adesão do Luciano”, comentou um petista respeitado no partido. E como fica a situação de Marden, cujo grupo político é rival ferrenho da atual prefeita de Piripiri, Jôve Oliveira? “Calma... Daqui pra Campo Maior passa em Altos primeiro”. Então tá bom...
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Por mim, tá liberado
Luciano Nunes teria pedido que Fábio Novo conversasse com os principais nomes do seu grupo: Francisco Canindé, Fernando Said, George Mendes e Mário Rogério. As conversas aconteceram. Spoiler: todos deram sinal verde. É fato que o PSDB dificilmente irá junto para qualquer um dos lados, seja Sílvio, seja Fábio. Mas Luciano quer levar consigo, pelo menos o próprio grupo. Os tucanos acreditam que essa eleição é de dois turnos, portanto, se Luciano for candidato a prefeito (com estrutura), terá força para decidir o pleito lá na frente. Resistem a aderir nesse momento. As conversas precisam ser mais claras. Tem tempo...
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A gente também pode ficar com o Sílvio
Outro fato que vale menção é que uma banda dos ex-secretários e lideranças do PSDB ainda não digeriu a pré-candidatura de... Jeová Alencar! “Essa aproximação do Sílvio com o Jeová nos distancia. Está claro que há entendimento, foi o próprio Silvio que praticamente anunciou rompimento do Pessoa com Jeová. Jeová não tomaria essa decisão sem garantia do grupo do Ciro (Nogueira) com o Republicanos em Brasília”, especulou um tucano experiente, em reserva. “O diálogo com o Fábio está rolando melhor, a conversa é mais franca”, resumiu. Mas (sempre tem um “mas”)... “A gente pode ficar com o Sílvio também. Portas não estão fechadas”. Leitor, esse é o exatamente o que se chama de encruzilhada. Com Luciano, a decisão!
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Ô glória
Apesar do oba oba com a possibilidade de uma chapa pura no Republicanos para a prefeitura de Teresina, com o deputado Jeová Alencar na cabeça e a pastora Ana Fidelis na vice, uma fonte por dentro de como a banda realmente toca, informou à colunista que é 30% de chance da chapa acontecer. Ana deve ser mesmo candidata a vereadora, puxando voto do organizado segmento evangélico.
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O gostinho da candidatura
Já Jeová Alencar, que é católico de carteirinha, agora está focadíssimo no eleitorado evangélico. Não custa lembrar que o Republicanos é o braço político da Igreja Universal do Reino de Deus. Fontes que orbitam próximas ao deputado acreditam que houve uma importante mudança no sentimento de Jeová essa semana: “Parece que o homem pegou gosto pela candidatura...”. Será que a história de Jeová ser vice de Sílvio morreu de vez e o ex-superintendente da Saad Sul vai trabalhar para ser o cabeça na oposição mesmo? Não custa perguntar...
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Climão no PSD
A coluna deu uma passada rápida no movimentado evento de oficialização da chapa Fábio Novo e Paulo Márcio e, por lá, encontrou dois filiados ao PSD. Dessa forma, a colunista teve a infeliz ideia de comentar: “Como fica a situação do (suplente) Eduardo Dragalana (cuja permanência na chapa tem feito com que um grupo de pré-candidatos ameace sair alegando condições desiguais de disputa)?”. Pra quê...
Pré-candidato 1 do PSD, amigo de Dragalana: -“Por mim, tá tudo bem. Ele vai sair por que? Tem algum motivo pra expulsar ele? O partido não pode expulsar um filiado sem razão!”
Pré-candidato 2 do PSD, não muito amigo de Dragalana: - “Pode expulsar não? Então sai eu e mais metade da chapa, aí quero ver como fica!”
Climão. A colunista teve que interromper o ótimo papo para ir ali ver que horas o ônibus Rodoviária Circular passa...
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Pés de barro
Política é gestão de crise permanente: entender como reagir, o que falar e onde estar, precisa ser precedido de uma compreensão completa. A comunicação de um político com o público precisa respeitar no mínimo esses pontos: qual a orientação ideológica? Que pautas/bandeiras (editorias) serão trabalhadas? Quais os fatores de pertencimento (sociais, motivacionais, políticos)? Qual o linguajar e estilo desse político? Política é performance, mas até essa precisa estar pautada um pouquinho dentro da realidade.
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Se conselho fosse bom
Como ser reconhecido: basta você ser bom em apenas uma única coisa que tenha valor externo reconhecido. Não precisa dominar mil habilidades e sua personalidade ou péssimo humor serão perdoados desde que você possua algo de valioso para o mundo. Se você é alguém que toma decisões certas 80% das vezes e lida com concorrentes que acertam 70%, seus 10% a mais poderão fazer as pessoas economizarem infinitamente mais em tempo e dinheiro. O objetivo número 1 da sua vida é evitar ser igual às pessoas que lhe cercam. Diferencie-se, fique na vanguarda e se torne bom em alguma coisa.
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Cifrada do Blefe
No interior de um reino de areias escaldantes, a disputa pela sucessão de um cavaleiro já cansado tem sido de recados e contra-ataques. Um cavaleiro que já tinha saído do páreo, retornou novamente. Motivos? Um aliado que o conhece bem, explica: “Tem fama de fazer isso pra vender depois a candidatura”. Será que o forte rei, que coordena o processo, irá aceitar a aposta? Resposta de uma eminência parda: “O máximo que ele vai ganhar é uma passagem de Teresina a Timon”. Ou vai ou racha?
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Para ler, ver e ouvir
Um filme de 2017 não é bem um lançamento, mas se o leitor tiver perdido essa, não custa nada exaltar a importância de qualquer ser humano que aprecie a política assistir (ou rever) “O Destino de uma Nação” (disponível nos serviços de streaming), contando a história do primeiro-ministro da Grã Bretanha, Winston Churchill (interpretado brilhantemente por Gary Oldman) no período da II Guerra Mundial. Quando Churchill toma posse (aos 65 anos anos), duas decisões poderiam ser tomadas naquele momento: um acordo de paz com Hitler ou o enfrentamento contra o ditador da Alemanha. Churchill é queridinho da coluna, afinal, é dúbio, humano, e com sua teimosia e personalidade forte em um momento crítico, mostra o quanto a força do discurso é capaz de moldar a realidade.
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Foto do dia
Prego batido e ponta virada, o superintendente federal do Ministério da Agricultura e Pecuária no Piauí, Marco Aurélio Maia, será um dos pré-candidatos a vereador do MDB em Teresina. Ex-diretor da Assembleia Legislativa do Piauí, Marco Maia foi indicado no cargo federal pelo deputado federal Marcos Aurélio Sampaio (PSD), no registro exclusivo para a coluna durante o badalado evento de oficialização do médico Paulo Márcio e do deputado Fábio Novo. Como a candidatura de vereador costuma ser focada em um público segmentado, Marco Maia pode ficar tranquilo com o apoio dos comissionados e ex-comissionados da Alepi. O homem é queridíssimo por lá. Nostalgia total!
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A frase para pensar
“Você sabia que é realmente possível dizer: ‘Não sei o suficiente sobre isso para ter uma opinião’”, Richard Feynman, físico teórico norte-americano do século XX, foi um dos pioneiros da eletrodinâmica quântica.
