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Coluna 21/02/24

Sílvio Mendes não desiste; os motivos de hoje e a análise

A colunista tenta pintar quadros (são péssimos) e jogar xadrez (perde todas). Infelizmente, aprendeu a ler cedo demais e criou verdadeira obsessão pela palavra como ferramenta. Calhou de ser jornalista e, como tal, está sempre se fazendo a pergunta: “Do que realmente se trata?”. Sobre a suposta desistência de Sílvio Mendes (União Brasil) na disputa pela prefeitura de Teresina, os fatos do dia de hoje (atenção à data!) são cristalinos: não há motivo para desistência e ela não é uma carta a ser usada na campanha de Sílvio. A fonte: todos aqueles do núcleo duro do pré-candidato, com quem a colunista tem conversado nos últimos meses. 


Tá meio solto

Há críticas internas no grupo de Sílvio Mendes. Se do lado do principal adversário, Fábio Novo, não falta organização (científica até), do lado de Sílvio um aliado admite que ainda está “tudo muito solto”. “Falta um estrategista na parte política mesmo. Quem faz é o próprio Sílvio, e ele é do jeito dele, né?”. Que jeito? “Aaahh...”, limitou-se a fonte.


Ele podia ter segurado, mas não quis

Perder o ex-deputado Luciano Nunes foi, bem, uma perda. Se foi grande ou pequena, se deve ser medida em votos ou em simbolismo, isso a campanha dirá. Mas foi uma escolha de Sílvio não manter o aliado. Muitos nomes do PSDB/ União Brasil e Progressistas fizeram das tripas coração para remediar a ferida. Mas não se coloca band-aid num buraco feito por um canhão. À parte a estrutura do senador Ciro Nogueira, forte como nunca em Brasília, é mesmo Sílvio quem está no comando em Teresina.


Estive lá sim

Tirando a espuma do leite, é verdade, no entanto, que o deputado Jeová Alencar esteve na terça-feira, 20, à noite com Sílvio Mendes em sua residência. Assim como esteve vários outros dias por lá. Da mesma forma que conversava vez ou outra com o ex-prefeito Firmino Filho, adversário com quem mantinha um discreto diálogo. Jeová é das pontes, sim, é político de carteirinha. Gosta de olhar lá na frente e, se der, pergunta a si próprio: “Por que não?”. E vai.


Jeová ou JVC?

Jeová ou o ex-senador João Vicente Claudino (PSDB), podem ser vices de Sílvio Mendes? Essa é a grande pergunta. Poder, podem. Obviamente, um dos dois: um tem os votos, o outro tem a estrutura (qual é qual, o leitor opine da sua própria cabeça). Jeová quer mostrar que está em tendência de crescimento, poderia ser o cabeça. JVC demonstra que é confiável, um plano consistente. Cada qual na sua batalha.


O futuro a Deus pertence

Mas é claro para quem orbita nas esferas políticas, que nenhum deles se lançou como pré-candidato a prefeito para ser vice. Querem a cabeça, e Sílvio de vice. Vai acontecer? Não, hoje não. Por sua vez, há de se ter o cuidado por parte dos adversários, de não terminar vitimizando Sílvio. O pré-candidato do União Brasil deve – e parte de sua campanha defende isso – ser ainda mais resguardado e reservado. Faz parte da estratégia. Nessa ponte, ainda há muita água pra rolar.


Senta que lá vem história

O publicitário David Ogilvy era uma figura ímpar e muito conhecido por fazer apresentações aos grandes clientes, sempre com ares dramáticos. Uma vez, quando quis defender a tese de que era importante contratar os melhores, ele deu uma série de bonecas russas aos diretores. Aquelas bonecas que se abrem e uma menor sai de dentro da outra. Na última boneca tinha uma tira de papel com a mensagem:

“Se contratarmos pessoas menores do que nós, nos tornaremos uma empresa de anões. Se contratarmos pessoas maiores do que nós, nos tornaremos uma empresa de gigantes”.

Olgivy completou: “Contratem pessoas melhores do que vocês e paguem mais a elas, se necessário. É assim que nos tornaremos uma grande agência”. As bonecas russas e sua mensagem não foram esquecidas e a agência de Olgivy, uma das mais respeitadas do mundo. Obviamente, o conselho de Olgivy segue sendo ignorado por uma multidão de fracassados.


Se conselho fosse bom

Algumas pessoas gostam de viver com eterna fantasia na cabeça e, em comparação, acham que a vida real é sem graça. Querem ganhar rios de dinheiro e serem valorizadas, mas não tem nada de raro e valioso para oferecer em troca. Antes de se lamentar porque se considera injustiçado pelo mundo, reflita primeiro se você é realmente bom em alguma coisa. Caso contrário, busque se transformar em alguém tão bom que você não poderá ser ignorado.


Cifrada da Fábula do Pedaço de Bolo

Enquanto o Rei ocupava o palco, a verdadeira narrativa se desenrolava nos bastidores. A Dama do Poder tecia teias de influência com um aliado, um Lobo astuto, que caminhava ao seu lado. Juntos, eles eram uma sinfonia de completo poder, moldando de forma cada vez mais audaciosa o destino da terra distante. Ninguém ousava questionar a dupla para o Rei, mas por trás das cortinas, aliados se alarmavam e alertavam entre si para o perigo das falas e posturas envolvendo terceiros. “As moedas de ouro do reino resolvem muitos problemas, mas não todos”, preveu o Oráculo.


Foto do dia

É claro que a vereadora Thanandra Sarapatinhas tem seu candidato a prefeito de Teresina, o companheiro, deputado Jeová Alencar (Republicanos). E o governador Rafael Fonteles (PT), tem o seu, o deputado Fábio Novo (PT). À parte os caminhos distintos eleitoralmente, Thanandra apoiou Rafael em 2022 e teve vários dos compromissos firmados, atendidos pelo governador. Agora, no último encontro dos dois, prego batido e ponta virada: Rafael autorizou a conclusão das obras do Hospital Público Veterinário e a construção de abrigo para animais abandonados na capital. A coluna é uma iluminista, defensora de causas humanistas. Dessa forma, destaca o fato. E assim também se faz política...


A frase para pensar

“Discutir com uma pessoa que renunciou ao uso da razão é como administrar remédio aos mortos”, Thomas Paine, político britânico e um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos da América.

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