Coluna 30/04/24

As opções de Rafael Fonteles e Ciro Nogueira para 2026; análise

O resultado da eleição de 2024 impõe automaticamente os cenários para 2026, seja retirando peças, fortalecendo grupos ou aniquilando posições. Fazendo um exercício de futorologia, a coluna pede que o leitor considere essas seis variáveis:

E se Sílvio vencer? Uma vitória do ex-prefeito Sílvio Mendes (União Brasil) em Teresina, dá fôlego para a oposição e pode tornar a tentativa de reeleição do governador Rafael Fonteles (PT) mais dispendiosa e com um adversário competitivo (que poderia ser Sílvio, a depender da idade e disposição, ou o deputado Jeová Alencar, Republicanos, vice de Sílvio) daqui há dois anos. Dessa forma, a vitória em Teresina, para ambos os grupos, é tudo ou nada. Matar ou morrer? (Figurativamente, pelo amor de Deus).

Ciro, PSD, MDB, etc: Ainda no cenário hipotético de uma vitória de Sílvio e Jeová Alencar, o senador Ciro Nogueira (Progressistas) voltaria a ter plataforma administrativa (cargos à disposição) para atrair políticos do centro da política estadual como do MDB e PSD. Ora, a inconteste harmonia da base de Rafael estaria em cheque – o que obrigaria o grupo governista (hoje, totalmente confortável) a ceder para manter a base. Mudaria tudo.

A vaga de vice de Rafael: A vaga de candidato a vice-governador de Rafael Fonteles é a mais concorrida em 2026. Curiosamente, ninguém fala dela (abertamente). Os pesos-pesados são: Themístocles Sampaio (MDB), o atual vice, que deseja continuar sendo; o secretário estadual de Segurança Pública, Chico Lucas, lembrado como homem forte do Governo, e o secretário de Educação, Washington Bandeira, com uma pasta-chave. Desempenho no Governo (para os secretários), resultado da eleição municipal (para Themístocles) e lealdade (para todos), são fatores decisivos. A coluna não faz apostas, mas se o leitor quiser, fique à vontade...

Discreto e eficaz: Uma fonte ouvida para a tecitura dessa coluna, acrescentaria Antônio Luiz (secretário estadual de Saúde) como opção a vice de Fonteles em 2026. “Um vice que ficaria no cargo, como Regina Sousa, sem causar transtornos, apoiando no futuro o candidato à sucessão do Rafael”, ponderou, em reserva, supondo que Rafael seja reeleito e saia para disputar o Senado mais na frente, como fez o próprio Wellington Dias.

Joel para o Senado? Como em toda chapa só há espaço para UM vice (até que mudem as regras, nunca se sabe...), alguém vai sobrar. E aí esquenta a disputa para a vaga de senador na base. Chico Lucas poderia ir para o Senado? Ou é mais o perfil de Bandeira? Claro, a primeira vaga é de Marcelo Castro, pelo MDB, mas tem Flávio Nogueira (PT), Júlio César (PSD) e Dr. Francisco (PT) movimentando-se pelo mesmo cargo. Do lado do senador Ciro Nogueira (Progressistas) - se ele conseguir ser o candidato a vice-presidente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (que vai para o PL) na corrida pelo Palácio do Planalto - a vaga da oposição ao Senado tem seu favorito: Joel Rodrigues, que se saiu bem nas urnas em 2022, surpreendendo na disputa com Wellington Dias (PT).

Esquerda, direita e centro - e acabou: A história política do Brasil se organiza assim: um partido de direita, uma sigla de esquerda e uma legenda de centro, um partido de prefeitos e garantidor da governabilidade (ou o contrário). Partido mais à direita no Piauí: Progressistas. Sigla mais à esquerda, obviamente, o PT. E a legenda garantidora da governabilidade? MDB e PSD disputam essa posição. A eleição de 2024 vai responder de quem o PT ou o PP vão precisar para governar em 26.

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O calendário de JVC

Por onde anda o ex-senador João Vicente Claudino (PSDB), pré-candidato a prefeito de Teresina? Bom, por onde anda, a coluna não sabe, mas por onde andará, sim. Dia 08 de maio ele estará em Brasília, junto com o vereador Edson Melo, em conversa agendada com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo. Fonte do núcleo duro tucano antecipou o assunto: “Tratativas sobre a participação do PSDB na eleição de Teresina”. E não deu mais detalhes.

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Vai tirar ou mantém?

Já um interlocutor extraoficial do PSDB, revela que o impasse se desdobra nos bastidores para que JVC e seu grupo tenham o comando estadual da sigla – hoje com o ex-deputado Luciano Nunes (que, como o leitor sabe, apoia o petista Fábio Novo contra Sílvio Mendes, do União Brasil): “Mas acho que se não acontecer (o comando estadual trocar de lado), eles aproveitam e retiram a candidatura (de JVC)”, projetou o político que entende de PSDB. Será?

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Amigo sincerão

Um político que foi, digamos assim, recentemente promovido, recebeu esse diagnóstico de um colega, após a coluna questionar como ele previa a atuação do amigo: “Nunca vi ele anotando um nome no papel. Não sei nem se é alfabetizado...”. Gente...

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Se conselho fosse bom

Algumas pessoas fazem algumas coisas melhor do que outras e ponto final. Num ambiente de disputa de poder, sempre que houver chiadeira para tratar “todo mundo igual”, atente para quem pretende com isso diminuir os excelentes e elevar os menos habilidosos. Você precisa ensinar o tempo todo para as pessoas quem você é. Quem tem poder, pode administrar o próprio destino. Quem não tem, é obrigado a se adaptar aos humores dos outros. Observe quem tenta minar suas fontes de poder. Alexandre, o Grande, nunca fez o que disse. César, nunca disse o que fez. Mire neles.

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Cifrada do Novo Caminho

Em uma terra distante, onde os rios fluíam com as promessas do amanhã e as árvores sussurravam segredos ao vento, havia um partido político de poucas letras. Sob o manto da noite, em reuniões secretas nas profundezas das florestas, eles urdiram planos de ir para um caminho novo e brilhante. Um dia, uma coruja sábia, mensageira das estrelas, voou sobre os campos e ouviu o sussurro das conversas: “Estão dando motivos para romper!”, alertaram os líderes da sigla. O político, que precisa do partido, tem duas apostas sobre a mesa: passar a caneta pro bem ou passar a caneta pro mal. O que fará?

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Foto do dia

“Desculpe, mas essa vaga é entre a Fernanda (Gomes) e o Samuel (Alencar)”, apontou uma fonte à coluna, repercutindo a avaliação a respeito de quais nomes têm potencial para serem os mais votados na capital este ano. Na edição anterior (volte uma coluna), foram citados o presidente da Câmara de Teresina, Enzo Samuel (PDT) e o filho do deputado Jeová Alencar (Republicanos), como os principais rivais para a vaga de vereador mais votado na capital. Pois bem. Um atento interlocutor político da coluna revelou que a filha do deputado Evaldo Gomes (terceira mais votada na capital em 2020), promete brigar forte pela cabeça dessa disputa. Eventos grandiosos de Fernanda estão sendo marcados para o final do primeiro semestre. Ela deve ser a puxadora da chapa do Solidariedade, por sinal. A briga promete!