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Coluna 28/05/24

Por que as campanhas de Fábio e Sílvio evitam bater em Dr.Pessoa? Análise

No curso normal de uma campanha, o prefeito é o personagem central. Se busca a reeleição, deve ser batido. Tentando fazer o sucessor, os adversários precisam impedir o alcance da máquina na transferência de votos. Em Teresina, a situação é peculiar. O prefeito Dr.Pessoa, é central, mas por outros motivos. A depender da pesquisa (que ele questiona a veracidade), Pessoa aparece em terceiro ou quarto lugar. 

Mesmo assim, curiosamente, não é o prefeito o alvo da artilharia potente dos adversários. Dr.Pessoa fará uma campanha competitiva? Forçará um segundo turno? Sua gestão reflete em Sílvio Mendes (União) ou em Fábio Novo (PT)? Por que nem Sílvio nem Fábio o criticam? 

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Se subir, força o segundo turno?

“O papel do Pessoa é decidir se tem ou não segundo turno em Teresina. Se ele crescer e fizer campanha, pode provocar, se desistir ou ficar acomodado, a eleição termina no primeiro turno”, pontuou um ex-tucano que entende muito de Palácio da Cidade. Sim, tudo bem, e o primeiro turno seria a favor de quem mesmo? “Bom, aí já é demais...”. Interlocutores do núcleo pessoísta, mesmo com ressalvas, são otimistas: “Se o Pessoa continuar e fizer campanha, tende a crescer. Fez muito asfalto...”, frisou, em reserva.

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Quanto menos falar disso, melhor

“Quanto mais deixar evidente da gestão do Pessoa, prejudica o Fábio Novo e fortalece o Sílvio Mendes”, analisou um político no entorno petista. O raciocínio é claro: a gestão anterior à de Dr.Pessoa era de um tucano, Firmino Filho, considerado hoje pelo eleitor, em pesquisas, o maior líder da capital. Se esse antagonismo for relembrado e ressaltado, quem ganha é o pré-candidato do União Brasil, Sílvio Mendes, sendo ele um ex-tucano, ex-secretário e ex-aliado de Firmino. 

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Deixa baixo

Assim, a turma que estava tentando fazer a campanha de Fábio criticando Dr.Pessoa, mudou de repente, não mais que de repente, e baixou o tom. O discurso é nesse rumo: “Nosso adversário é o Sílvio e não o Pessoa”. Já o grupo político de Sílvio Mendes não vê vantagem nenhuma em bater em Dr.Pessoa. Afinal, não é o vice de Sílvio o ex-homem forte da gestão Pessoa, o deputado Jeová Alencar? 

 

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Esqueçam a mudança, nós somos a estabilidade 

Para completar, não interessa à campanha de Fábio Novo falar que mudanças não são positivas. Dessa forma, todo o discurso de Novo é construído sob os pilares de “estabilidade” e “continuidade”: o estável e bem avaliado Governo Rafael Fonteles é o modelo, e a continuidade vem do fato de boa parte dos ex-secretários e familiares de Firmino Filho estarem com Fábio. Falar de Dr.Pessoa é quebrar esse argumento.

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Ou você se defende ou...

Até os aliados mais reticentes em apoiar a pré-candidatura de Dr.Pessoa à reeleição, agora acreditam que ele tem como principal missão defender seu legado na PMT e a eleição é o palco pra isso – mesmo a um alto custo. O cenário hoje é de uma pré-candidatura de Dr.Pessoa mantida. As dúvidas são sobre a estrutura que irá rodar com o candidato (a viabilidade eleitoral influi bastante nisso) e seu potencial de crescimento num cenário extremamente volátil. A coluna acompanhará os desdobramentos.

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Palanque em Parnaíba

Na selfie feita especialmente para a coluna, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Olavo Rebelo, no auditório cheio, da Igara Clube, em Parnaíba para evento de apoio à pré-candidatura do deputado estadual Dr.Hélio à prefeitura. Se a ideia era mostrar força, deu certo: marcaram presença 80 pré-candidatos a vereador, três deputados federais (Flávio Nogueira,  Florentino Neto e Jadyel Alencar). O palanque não deu pra quem quis subir...

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Termômetro

Fonte presente avaliou o discurso de Rafael como “enfático” no apoio a Dr. Hélio e o “sentimento” da campanha como “crescente”. Como o leitor sabe, o prefeito Mão Santa é popular e precisa transferir essa popularidade para o pré-candidato escolhido à sua sucessão, o engenheiro Francisco Emanuel. Outro fato de domínio público, que a coluna sublinha: Parnaíba é crucial para a base aliada de Rafael Fonteles. A eleição promete ser dura, no mínimo!

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Sugestas

Três pílulas da coluna sobre fazer campanha eleitoral. P.S: Constatações tiradas de quem viveu e entende do assunto, não de quem leu em algum lugar ou só ouviu falar:

1 - O que é mais fácil numa guerra: manter terreno e não ganhar terreno. 

2- Não adianta de nada ter bons planos para alcançar um fim, se você não tem os meios para realizar.

3- Cabe ao gestor anunciar as coisas boas. Sempre que possível (exceto em determinadas crises, onde o gestor pode sair como herói), deixe as notícias ruins para os subordinados darem. Chama-se “efeito pata de gato” (autoexplicativo).

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Se conselho fosse bom

Se sua confiança depende da percepção de outras pessoas, você não passa de um narcisista. No final, é apenas você, sozinho, contra o barulho da multidão. Você só pode ter algum sucesso na vida, se for diferente da maioria das pessoas. Aliás, é isso que consiste em ter sucesso. Tentar se encaixar é terminar frustrado, pois você nunca se sentirá na própria pele. Se resolver bancar sua personalidade excêntrica, mais problemas e desconforto vião, pois serão os outros que irão achar você diferente. Escolha uma das opções e viva com ela. Você não tem 10 mil anos para viver, portanto, não tente reinventar a roda. O prêmio sempre fica com quem tolera mais riscos.

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Cifrada da Dengue

A coluna sabe da importância da vacina contra a dengue e, inclusive, recomenda a todos os leitores que busquem se imunizar. Agora, a vontade de se proteger contra a picada do mosquito Aedes Aegypt não pode ser tanta a ponto de um político ligar para um poderoso secretário municipal solicitando para furar a fila e conseguir vacinar ele e a família dele antes de todo mundo. Aí é demais, né gente?

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Foto do dia

Foi emocionante e prestigiada, por méritos próprios, a homenagem que a secretária da presidência da Assembleia Legislativa do Piauí, Tetê Lira, recebeu na essa semana. São 30 anos de trabalho na Alepi, passando por cinco presidentes: Robert Freitas, Juracy Leite, Kléber Eulálio, Themístocles Sampaio e Franzé Silva. A entrega da Medalha do Mérito Legislativo foi marcada pela união da família Lira, já que Tetê é irmã do suplente de vereador de Teresina, Antônio José Lira (Avante) e do ex-deputado Átila Lira, sendo tia do deputado federal Átila Filho (Progressistas). Tetê, que é conhecida por ter a personalidade forte, é também a mais alegre do trio de irmãos. O caçula, Zé Lira, é o rebelde, e Átila, o maestro, segundo analisou o próprio AJL à coluna. Ah, e decidiram: a família votará para eleger Antônio José Lira na Câmara de Teresina. Laços de família vencem tudo!

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A frase para pensar

“O governo é feito de homens e mulheres que vivem, que sentem e que sofrem como todos os seres humanos”, Fernando Collor de Mello (1949-), ex-presidente da República, em 1990, sobre o suposto romance de Zélia Cardoso de Mello e Bernardo Cabral, então ministros da Economia e Justiça, respectivamente, do seu governo.

 

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