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Coluna 05/07/23

Outra vereadora leva grito de secretário e Câmara pode retaliar

É a segunda vez que acontece: uma vereadora de Teresina saiu de uma reunião com um secretário municipal aos choros (clique aqui para ler a nota sobre o primeiro caso). Ele teria gritado com a parlamentar, segundo ela relatou, ainda abalada, a colegas e outros secretários municipais. O motivo do conflito é administrativo. A coluna confirmou a informação com três fontes distintas, uma do Palácio da Cidade e duas da Câmara de Teresina, além de ter procurado a vereadora citada na história, mas a pedido de reserva, não revelará o nome dos envolvidos. 


O troco

Ao contrário da última vez, em que uma vereadora de outro partido também teria ouvido gritos do mesmo secretário, o comando da Câmara de Teresina – leia-se, o presidente Enzo Samuel - parece que não deixará a situação passar batido e poderá retaliar o que considera um desrespeito aos parlamentares. A turma do "deixa disso" atua para que a situação não escale. 


Revelação

Quem leu a coluna de ontem, viu a nota em que foram citados três apoios cifrados a Fábio Novo que poderiam virar a favor do petista a indicação do candidato a prefeito do PT no diretório municipal (quem não leu, pode fazer o favor de ler). Pois bem, não durou 24h o segredo sobre os nomes que desembarcaram do navio de Franzé Silva para o barco de Fábio Novo: a militante é Fabíola Lemos, o deputado federal seria Merlong Solano (que não confirmou) e o vereador é ninguém menos que Dudu.


Trator é ele

De um importante articulador do Palácio de Karnak, em conversa com a coluna: “Quando o governador se decidiu pelo nome de Fábio Novo, de fato muitos agentes políticos ficaram desconfiados da escolha. Agora, um grupo cada vez maior tem se convencido de que a decisão vai ser racional. Estamos dialogando fortemente. E não estamos passando o trator, como alguns acreditavam que íamos fazer. Quem está com o trator é o outro lado (Franzé Silva)”.


Entendedores entenderam

A informação circulada na semana passada, de que vários nomes poderiam ser lançados na base aliada em Teresina, segundo essa mesma fonte, foi realmente um recado para o PT de Teresina, e não uma estratégia pronta para ser colocada em prática: “De fato, essa não é a jogada. É mais como dizer para o PT municipal: ‘Tu vai querer assim? Tá decidido? A gente respeita, mas temos outras opções’”. Parece que funcionou. Mas, não custa lembrar, Franzé Silva disse e repetiu ontem: a palavra "desistir" está riscada do dicionário dele. 


Esqueceram de convidar

A princípio, era um evento apenas dela, Bárbara do Firmino (Progressistas). Depois, Sílvio Mendes (União Brasil) aceitou ir e, de certa forma, o partido transformou em um evento dele (Progressistas). Quem estava lá? Bárbara, Sílvio e Progressistas em peso, quase ninguém do PSDB, o que deixou chateados alguns membros do alto tucanato. Mas, chegar com Sílvio ao evento foi inegavelmente importante para Bárbara sinalizar aproximação às lideranças do PSDB, que é quem detém o importante número 45.


Marque esse dia

A coluna apurou que no próximo dia 10 de agosto – portanto, antes do aniversário de Teresina, comemorado no dia 16 - deve ocorrer uma conversa definitiva entre Bárbara, Sílvio Mendes e Ciro Nogueira. A pauta, só pode ser essa: quem vai ser o cabeça de chapa e por quê? Política, guerra e negócios nunca são unilaterais.


Uma coisa é falar...

Dizer que aceita ser vice é um sinal de humildade para políticos que têm expressividade eleitoral. Ponto para Bárbara – que havia dito anteriormente que não disputaria como vice e depois reformulou o discurso – e para Sílvio. A questão é que não há chapa com dois vices e nem com dois cabeças de chapa. A decisão ainda não foi tomada, mas os sinais estão todos aí para quem quiser ler. 


Foto do dia

Ontem foi o aniversário de 73 anos da ex-governadora Regina Sousa, no registro com a Superintendente de Direitos Humanos, Sônia Terra, e as defensoras Carla Yascar, Karla Andrade e Verônica Acioly. Ter mulheres em posição de poder é sempre motivo para registro, já que a coluna defende a igualdade e representatividade política entre os gêneros. Regina é nome ouvido e respeitado no PT, sendo uma ponte que liga as gestões anteriores de Wellington Dias, ao novo e inegável estilo de Rafael Fonteles. O governador tem luz própria, é verdade, mas foi o lastro construído pelo PT ajudou inegavelmente a viabilizar sua chegada ao Karnak. É esse fio que Regina contribui para fortalecer.


A frase para pensar

“Um general não pode alimentar a ideia de combater até o último homem, do mesmo modo que um bom jogador de xadrez não consideraria jogar uma partida evidentemente perdida”, Clausewitz (1780-1831), militar do Reino da Prússia que ocupou o posto de general e é considerado um grande estrategista militar e teórico da guerra por sua obra Da Guerra.

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