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Coluna 23 e 24/04/24

2026 só deve ter dois partidos lançando estadual na base: PT e MDB

Tudo bem que estamos no meio do processo da eleição de 2024 e a de 2026 está um pouco longe. Mas (sempre tem um “mas”) a coluna só divulga as informações, não inventa assunto e nem aumenta fato. Nesse caso, fontes que orbitam na alta esfera da política piauiense enxergam o seguinte cenário: na eleição estadual de 2026 ficariam apenas dois partidos na base do governador Rafael Fonteles para disputar as cadeiras na Assembleia Legislativa: o PT (e a federação com PV e PC do B), e o MDB. Ora, e o Solidariedade? E o PSD, que está se mobilizando para eleger um caminhão de prefeito no interior? Repostas, mais abaixo.

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Alguém avisou ao Georgiano?

“O PSD ficaria contemplado com a chapa de federal, apenas, como foi em 2022”, pontuou o interlocutor. Bom, alguém tem que lembrar de avisar antes para o deputado estadual Georgiano Neto (filiado no MDB, pelo acordo de fusão de chapas com o PSD em 2022). É que a chapa de estadual do PSD de 2026 já está sendo formada... Como é que fica? Perguntar é de graça!

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Ninguém sabe o dia de amanhã

“O PSD está filiando muita gente que era do Progressistas, inclusive, da oposição, para disputar agora em 2024. Isso vai causar um problemão lá na frente”, comentou dia desses um deputado estadual à coluna. Se uma coisa tem a ver com a outra ou não, a colunista não sabe dizer.

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Menos gente, menos problema

O único fato é a constatação de que enxugar o número de partidos tem sido a forma alternativa encontrada pelo grupo de Rafael Fonteles (e anteriormente, de Wellington Dias) para diminuir os custos e diluir a quantidade de atores com quem é preciso sentar (e lidar) no sistema político piauiense. 

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O silêncio de Teresa

O mundinho da política está intrigado com o silêncio da ex-deputada Teresa Britto (PV). Depois de um período sabático, após a surpreendente cartada de filiar dois pesos-pesados na chapa da federação PT/ PV (Caio Bucar e Neto do Angelim, que colecionam votações expressivas recorrentes em Teresina), aguarda-se a posição de Teresa sobre o futuro político do PV na capital. E agora?

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Ideias 

O fato é que a ex-deputada pretende retornar, em 2026, ao mandato que já ocupou na Assembleia Legislativa do Piauí. Se Neto do Angelim já tem seu estadual (o deputado Carlos Augusto, do MDB), o voto de Caio Bucar em Teresa pode ser dado como certo para 2026. Ok, boa jogada. Mas, para pavimentar o caminho de volta com mais firmeza, é preciso solidificar os espaços. Uma hipótese levantada por um político que gosta de fazer análises: “Por que não criar uma Coordenadoria de Sustentabilidade estadual?”. Faz sentido? Faz...

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A paz no PRD (mais ou menos)

Acalmados os ânimos (mais ou menos) reina a paz no reino do PRD (mais ou menos também). A última reunião entre o prefeito Dr.Pessoa e integrantes do PRD, deixou claro que a queixa maior do partido não é bem com o suplente de vereador e ex-superintendente da Saad Centro, Roncalli Paulo Filho, o Roncallinho. O negócio é mais embaixo. “É minha vida que está em jogo!”, desabafou, chateado, um político presente no encontro, a respeito do apoio da primeira-dama Samara Conceição, a Roncallinho.

 

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O problema é mais embaixo

Um aliado de Roncallinho argumentou o seguinte: “O problema não é o Roncallinho. A turma do PRD está cobrando espaço para a chapa e usou o Roncallinho de álibi. Foram montar a chapa fazendo os compromissos com o Palácio da Cidade, e estão esperando”, pontuou. No encontro, também foi passado o recado de que tanto a primeira-dama como a assessora direta do prefeito, Sol Pessoa, têm autonomia para tomar as próprias decisões e apoiar quem queiram para vereador no pleito deste ano. Sem chiadeira.

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O que eu tenho a ver com isso?

Juca Alves, ex-superintendente da Saad Sul, é apontado como tendo o apoio de Sol Pessoa, o que também gerou ciumeira generalizada no PRD. “Meu Deus, sobrou até pra mim, o que eu tenho a ver?”, teria desabafado Juca para um ouvinte da coluna, que repassou o fato à colunista. 

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Está tudo bem, mas não muito

Políticos do PRD, no entanto, saíram levemente chateados (eufemismo) da conversa. “Ninguém é nem besta nem otário”, resumiu a fonte quando a colunista fez a pergunta se estava tudo bem na legenda. Há três opções na mesa do PRD: ficar com o prefeito Dr.Pessoa, liberar a turma para fazer o que quiser ou votar no petista Fábio Novo, já que os deputados que apoiam a maior parte dos filiados ao PRD são ligados ao Governo estadual. “Tem que resolver o problema do povo da chapa se não vai vir lapada!”, avisou um político por dentro das coisas. Complicado...

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Toma-toma

Até que chegou um vereador gente boa, que está sendo chamado pelos colegas, no entanto, pela alcunha de “toma toma”. Por que mesmo? “O homem vive de tomar as lideranças dos outros, dia e noite, só faz isso”. A coluna preza pelo bom jornalismo e dá espaço ao contraditório. O vereador em sua própria defesa: “Não existe isso de tomar liderança. A liderança está insatisfeita”. Ah, bom...

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Se conselho fosse bom

O que será mais importante? Quem você conhece ou quem conhece você? Obviamente, a construção de uma marca pessoal sólida traz mais benefícios do que viver tentando fazer networking e forçando a barra para acessar as pessoas. Basicamente, se você se tornar relevante e tiver alguma contribuição útil para o mundo ao seu redor e a sua comunidade, você será conhecido. Todos os seus problemas têm, na verdade, a mesma base: você não é bom o suficiente, não se esforça o bastante, não cumpre o que diz e, por isso, sua vida está do jeito que está. Olhe ao seu redor: você tem o que merece. Se não está satisfeito, reflita sobre seu papel naquilo pelo qual se queixa.

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Cifrada da Rinha de Liderança

A coluna estava, como sempre, discretamente ouvindo a conversa de terceiros, quando foi surpreendida com uma espécie de “rinha” de pré-candidatos a vereadores no frequentado cafezinho da Câmara de Teresina. Enquanto um vereador tentava vender um terreno bem localizado na zona rural da cidade (o valor era R$ 700 mil, mas um colega ofereceu fechar na hora pelos R$ 400 mil. Ele mandou o bem-intecionado parlamentar “procurar um lavado”), um pré-candidato competitivo chegou tomando satisfações:

“- Amigo, você foi atrás da minha liderança na localidade X?”

“-Eu? Fui não meu irmão. Quero que alguém prove!”

“-Pois me falaram que lhe viram lá”

“-É uma comunidade que fica dobrando na quadra tal e chegando no posto Y? Fui não”.

Risada geral. 

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Foto do dia

Há alguns meses, a coluna antecipou ao leitor sobre uma reunião ocorrida numa sala gelada, colocando algumas condições sobre a disputa em Oeiras. Do mesmo lado, mas em trincheiras diferentes, os pré-candidatos do PT, Ícaro Carvalho (filho do ex-deputado Assis Carvalho), e do Solidariedade, Dr.Hailton, apoiado pelos deputados Evaldo Gomes (SDD) e Franzé Silva (PT). Do lado oposto, Zé Alberto (PSD), apoiado pelo prefeito Zé Raimundo (Progressistas). Naquela reunião ficou definido que aquele que saísse na frente nas pesquisas, teria o apoio total do grupo do governador Rafael Fonteles antes das convenções. Ícaro tentou e se movimentou bem, com o apoio da família Tapety. Mas no final, o recall de Dr. Hailton, prevaleceu. E o acordo lá de trás, agora foi cumprido. Ícaro anunciou o apoio a Hailton, em uma candidatura única da base em Oeiras. 

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A frase para pensar

“No verão tem dengue; no inverno tem meningite; se há enchente, tem leptospirose, logo vai ter cólera. E o ano todo tem fraude”, Sérgio Arouca (1941-2003), médico sanitarista e político, em 1990.

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