Já nas primeiras perguntas o primeiro debate do 2º turno, promovido pela TV Cidade Verde, refletiu o clima tenso entre os candidatos Wilson Martins (PSB) e Sílvio Mendes (PSDB). A agressividade e as farpas foram trocadas em perguntas e respostas sobre os temas saúde e assistência social.
Leilane Nunes/Cidadeverde.com
Pelo sorteio, Wilson perguntou primeiro sobre os projetos que o tucano tem para a área. Sílvio citou o CEIR, rede de atendimento construído pelo governador Wellington Dias (PT) que atende portadores de necessidades especiais. E acrescentou que a rede só atende, em sua maioria, a moradores de Teresina e que é preciso expandir, já que o número de deficiência no Piauí atinge 12% da população.
"Sou médico ortopedista e escolhi essa profissão principalmente para cuidar de pessoas que em algum momento de suas vidas se tornam portadoras de deficiência. Fizemos o Transporte Eficiente, que pega as pessoas em suas casas e deixa no trabalho, no local de lazer", justifica.
Wilson contestou o número e disse que o tucano está enganado, que, na verdade, são 17,5%. E Sílvio respondeu que a fonte é o último censo do IBGE.
Sobre saúde, Sílvio perguntou para Wilson o que ele, como médico e governador, fez nos últimos 8 anos para melhorar a assistência à saúde.
O governador ironizou. "Só em ter projetos, o que você não deixou na prefeitura de Teresina... Vamos construir uma rede de urgência e emergência, o Hospital da Mulher e queremos liderar, em nível nacional, a regulamentação da emenda 29. Concluímos 53 unidades básicas de assistência e mais 43 estarão concluídas até o final de 2011. Você foi, por 13 anos, gestor da saúde e colocou vários programas de saúde funcionando nos hospitais, atrapalhando o atendimento, a mesma rede deixada por Wall Ferraz", retrucou.
Na réplica, Sílvio disse que Wilson gaguejou e acabou por não responder à pergunta e acrescentou que o governador teria deixado de repassar R$ 70 milhões de janeiro a agosto para o setor.
"O candidato tem falado muitas inverdades. Você acabou com a saúde de Teresina. O HUT era uma obra inacabada. Precisou Wellington, Lula e eu, como vice-governador, para finalizar", completou o governador.
Leilane Nunes
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