O Delegado Regional de Campo Maior, Gustavo Jung informou nesta segunda-feira (13), que o avião que caiu na sexta-feira (10), na área limítrofe entre os municípios de São Miguel do Tapuio e Assunção do Piauí, poderia estar transportando até 200 quilos de cocaína pura. As investigações vão apurar se a droga foi lançada na região ou se carbonizou com o acidente. 

"Eles tinham uma estrutura muito grande. Fazem parte do alto escalão da droga no país. Eles não fariam uma viagem tão grande para transportar tão pouca droga", disse Jung. A droga- cerca de 30 quilos de cocaína avalaida em meio milhão de reais- seria distribuída em Fortaleza e chegariam ao estado vizinho em um caminhão-pipa. Os traficantes usariam bexigas para embalar a droga e esconder dentro do carro de transporte de água. 

De acordo com o delegado, as investigações ficarão a cargo da Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre) devido a complexidade do caso. O foco será descobrir exatamente qual a origem da droga, os responsáveis pelo entorpecente. "Embora ainda não tenha sido confirmada a origem da cocaína, as investigações apontam que a droga pode ter vindo do Paraguai, isso porque juntos dos objetos apreendidos foram encontrados cédulas paraguaias", reitera o delegado.

A investigação sobre as causas do acidente ficarão a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Os presos se identificaram como R. A. M. T. (CE), R. D. C. (PR), O. W., T. C. A., o que seria piauiense se identificou apenas Wagner, e C. dos S., apontado como chefe da quadrilha. 

"Já sabemos que alguns estavam com documentos falsos e ainda não podemos confirmar se estes são os nomes verdadeiros. O Cleber dos Santos parece ser o chefe, devido ao comportamento seguro. O acusado diz que nada que foi encontrado liga ele a droga", reitera Jung. 

 

Flash Maria Romero
Redação Graciane Sousa
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