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Laudo confirma que garota de 17 anos sofreu estupro em Bom Jesus

O delegado de Bom Jesus, Aldely Fontineli, confirmou, nesta segunda-feira (23), que o laudo preliminar recebido hoje pela polícia confirma que a garota de 17 anos foi vítima de estupro. Segundo o delegado, um novo exame foi realizado para que seja confirmado o estupro coletivo. O crime ocorreu no último domingo (22).  A adolescente prestou depoimento ao delegado Aldely Fontineli hoje.  

Ainda nesta segunda, os policiais civis devem ir ao local onde ocorreu o crime para tentar colher provas. O agente de polícia Carlos George disse ao Cidadeverde.com que as informações colhidas até o momento apontam que apenas o maior de idade teria tido cometido o abuso sexual. 

"Até o momento, apenas a vítima foi submetida a exame de corpo de delito. Foi recolhida secreção da vítima para se fazer o exame de DNA e saber se encontramos material genético de qual dos suspeitos. O maior de idade confessou o crime e conta que tentou jogar a culpa nos adolescentes, por eles serem menores de idade. A análise do depoimento da vítima será crucial para a elucidação do caso", explica o agente. 

O delegado Aldely Fontineli não quis revelar detalhes do depoimento da vítima e disse apenas que ela estava muito embrigada.

Os quatro adolescentes suspeitos têm idades de 15 a 17 anos e foram ouvidos ainda no domingo (22) pela promotora Gabriela Almeida Santana. Em depoimento, os garotos revelaram que receberam ameaças do suspeito maior de idade.

"Assim que eles foram levados para a delegacia, apenas uma parede os dividia. Os adolescentes contaram para a promotora que receberam ameaças de morte do outro suspeito que teria dito que ia se vingar deles. Eles negam tudo e choram muito, sempre reafirmando que apenas presenciaram o crime. A promotora tem 45 dias para representar ou não a denúncia na Justiça", reitera George. 

A vítima foi encontrada seminua e amordaçada com a própria calcinha e com pedaços de isopor na boca. A estudante apresenta pequenos arranhões pelo corpo que denotam que ela ainda tentou se defender, de acordo com a familaires que acrescentam ainda que ela tem dificuldades para dormir e está muito abalada. A violência sexual ocorreu em uma obra abandonada no centro da cidade. 

Até o momento, as investigações da Polícia Civil apontam ainda que o crime não teria sido premeditado. Vítimas e suspeitos teriam se conhecido há poucos dias e o estupro teria sido motivado pelo alto teor de bebida alcóolica nos envolvidos. A informação repassada pela família da vítima é que os suspeitos também teriam usado drogas ilícitas. 

"Essa informação foi repassada pela família dela, mas eles negam que usaram outro tipo de droga. Eles alegam que consumiram apenas cachaça. Um dos adolescentes disse que já experimentou cigarro, mas ninguém teria usado de qualquer tipo de entorpecente no dia do crime. Com o depoimento da vítima, vamos saber se será necessário pedir o exame toxicólogico", reitera. 

A estudante mora com a tia, sobrinhos e a avó. A mãe dela reside em Brasília, mas veio ao Piauí. O agente Carlos George reitera que é possível a transferência dos investigados para outra cidade, uma vez que há boatos de que a população tentaria invadir a delegacia e linchar os suspeitos. 

"A promotora disse que ia falar com o secretário para que providenciasse a transferência dos suspeitos, porque existem alguns boatos. A movimentação na delegacia e no Fórum tem sido intensa. A população relaciona o caso com o crime chocante que ocorreu em Castelo do Piauí há um ano, onde ocorreu também um estupro coletivo com desfecho trágico", reitera Carlos George. 

Dos cinco suspeitos, apenas dois adolescentes têm advogados. A Polícia Civil informou que os menores de idade eram estudantes e são de classe média, com certo poder aquisitivo. O maior de idade não tem profissão e auxiliava o pai em afazeres da roça. Pelo levantamento dos policiais, nenhum tinha passagem pela polícia. 

 

Graciane Sousa
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