O delegado geral de Polícia Civil, James Guerra, confirmou hoje (16) que a causa da morte do gerente do Banco do Brasil de Miguel Alves, Ademyston Rodrigues Alves, será conhecida dentro de 15 dias. O caso, segundo ele, tem prioridade e está sendo apurado pela Delegacia de Homicídios. O inquérito que apura a morte corre em separado do que investiga o assalto ao banco, que é presidido pela Greco.
Lívio Galeno/Cidadeverde.com
![](/noticias/editor/assets/img62/james denuncia 2.jpg)
"Como é um caso que tem prioridade, o prazo é de 15 dias. Se houver necessidade de outro exame clínico ou outro procedimento, poderá ser prorrogado o prazo, mas faremos tudo para finalizar o quanto antes", garante o delegado geral.
O corpo do gerente Ademyston Rodrigues Alves foi exumado na manhã de hoje, em Pimenteiras, e trazido para o Hospital Getúlio Vargas, em Teresina. A chegada aconteceu por volta das 12h30.
James afirmou que o exame explicará de onde partiu os tiros que mataram o gerente, qual o calibre da munição, se os tiros foram dados de dentro do carro e como foi a abordagem dos policiais no momento da ação.
![](/noticias/editor/assets/img62/james denuncia 1.jpg)
Além da exumação do corpo, a perícia já fez a desmontagem do veículo usado pelos bandidos na fuga, onde o gerente estava sendo levado como refém. A polícia quer saber se há marcas de tiros no veículo, quantas são e o calibre para verificar se são das armas dos bandidos ou dos policiais militares que cercaram os bandidos.
Resposta a denúncia
O delegado geral respondeu ainda as denúncias feitas pelo presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Cristiano Ribeiro, de que havia sido pago R$ 217 mil em diárias. Segundo James, Cristiano Ribeiro usou a informação de forma "maliciosa".
"Qualquer pessoa pode constatar no portal da transparência. Na primeira folha constam as diárias e resumo total de R$ 217 mil. Maliciosamente ele disse que as diárias representam esse valor. Você verifica que R$ 206 mil são suprimento de fundos, tomado em meu nome, mas que não é para mim e sim para o pagamento das despesas em geral, como cópias, cartuchos, pedreiros, carimbos. Esse dinheiro não é meu, mas, maliciosamente, ele deu a entender que eu havia recebido. Recebi R$ 18 mil de diárias em três anos. Isso é R$ 500 ao mês, o que é pago a policial do interior. Não preciso de interpelação do Ministério Público porque qualquer pessoa pode acessar no portal da transparência", explica James.
![](/noticias/editor/assets/img62/james denuncia 3.jpg)
Além disso, segundo James, todos os pedidos de diárias são feitos tanto para delegados como para agentes. "Nenhum delegado viaja só, mas em equipe", afirma.
Sobre a falta de equipamento, como coletes, munição e armas, James diz que as munições estão sendo distribuídas há mais de 30 dias, as pistolas já foram compradas e por ser monopólio, a empresa entrega à medida que produz, e quanto aos coletes, houve um problema na licitação porque não havia pregão para coletes. Porém, o pregão já foi feito e o valor foi empenhado.
Matéria relacionada
Leilane Nunes