A secretária estadual da Educação Rejane Dias iniciou pela região de Oeiras o Encontro com Gestores da Educação do Piauí. O primeiro evento aconteceu na Unidade Escolar Orlando Sá, na manhã desta sexta-feira (27), com a presença do prefeito Lukano Sá. Nos próximos meses Rejane pretende visitar todas as 21 Gerências Regionais para ouvir as demandas e sugestões dos diretores e coordenadores de cada região, além de conhecer melhor a realidade do ensino no interior.
“Esses dados vão auxiliar na elaboração do nosso planejamento anual, que visa suplantar os problemas comuns a todas as GREs e instaurar uma sistemática de ensino mais eficaz, que aumente o rendimento escolar de nossos alunos. Ao mesmo tempo, vamos buscar soluções para questões localizadas, que chegarem até nós”, completou a secretária Rejane Dias.
A superintendente de Ensino, Viviane Fernandes, declarou que o objetivo é garantir a realização das aulas com qualidade e o diálogo com os gestores. “Se a gente não sabe do problema, não tem como resolver. Precisamos saber o que está acontecendo. Levem a nós que, com certeza, vocês vão sair com alguma resolução da Seduc.
A 8ª GRE (Oeiras) abrange 10 municípios e 19 escolas estaduais. Ao todo, estão matriculados 4.050 estudante, mas, cerca de mil alunos ainda serão incluídos no sistema. Cerca de 10% a mais de matrículas em relação a 2014.
Gestores reclamam de dívidas
A maioria das reclamações dos gestores da Educação na região em Oeiras é relativa a débitos contraídos em 2014 por conta da falta de repasses para manutenção do ensino, reformas e para a merenda escolar. Desde junho estes pagamentos deixaram de ser feitos e só foram retomados na atual gestão da Seduc.
Este ano, além de garantir os repasses, a Seduc pagou mais R$ 5 milhões extra, dividido para todas as escolas. Porém, o total ainda não cobriu as dívidas acumuladas. “O pior é a Escola de Tempo Integral, que paga o almoço e lanche extra. Teve que fazer conta para manter a merenda”, comentou a supervisora de ensino de Oeiras, Helena Maria Lima.
Ela acrescenta que além das dívidas, os problemas estruturais também acumularam com a falta de recursos. “Algumas escolas agora estão precisando de reforma mais completas, que depende de mais recursos”, completou.
O ex-secretário da Educação e atual superintendente de Gestão da Seduc, Helder Jacobina, reconheceu os problemas e declarou que o momento é de reconstrução. “Os problemas nas escolas se acumularam. Mas, graças a Deus, estamos começando a suplantá-los com os novos recursos que estão sendo repassados normalmente”. O diretor de Engenharia, Dorival Danúsio, informou que em muito breve a Seduc deve destravar o sistema de informações do Ministério da Educação e mais de 100 obras devem ser retomadas de forma imediata.
Da Redação
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