Uma gestante deu entrada na manhã desta sexta-feira (3) na maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina (PI), mas não tinha leito até o final da manhã, quando a reportagem do Cidadeverde.com acompanhou o caso. A paciente foi transferida de um hospital da capital para que fizesse um parto por cesariana, mas os médicos da maternidade entenderam que não é o caso.
Yasmin Helly Pereira da Costa, 19 anos, contou que foi enviada do hospital do Satélite, zona Leste, porque na unidade não haveria encubadora disponível para o parto prematuro. Na maternidade Evangelina Rosa, ela deu entrada às 10h47, foi examinada e ficou tomando soro sentada em uma cadeira, a espera de uma vaga na enfermaria. Os médicos entenderam que ela ainda não deve dar a luz.
"Me transferiram porque disseram que eu teria que fazer a cesariana urgentemente. Desde que eu fiz o último ultrassom, o líquido está diminuindo. Só estão me dando Buscopan e Dipirona, e não me levam logo para um quarto. Estou com medo de perder o meu bebê", disse a jovem.
O diretor técnico da maternidade, Joaquim Parente, garantiu que a paciente e o bebê não correm risco. Ele afirmou que, apesar da forma como Yasmin está internada, sua situação não é emergencial, e explicou que a perda do líquido aminiótico não significa em todos os casos a necessidade de parto. O diretor informou que a paciente terá de ficar um tempo em repouso para que só depois o bebê seja retirado
Parente acrescentou ainda que a jovem deu entrada com o prontuário rasurado onde era sinalizada a gestação de 37 semanas. Segundo o diretor, exame constatou que a gestação na verdade seria de 33 semanas - cerca de oito meses.
Emanuela Pinto (Especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (Da Redação)
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