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Magalhães afirma que dificuldades do Estado começaram no governo Wilson

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O deputado estadual Cícero Magalhães (PT) afirmou hoje (20) que as dificuldades financeiras que o governador Zé Filho (PMDB) está administrando agora são decorrentes ainda da época de Wilson Martins (PSB).

Cícero lembra que era "o único opositor" de Wilson Martins na Assembleia e, já em 2011, alertava para as consequências dos reajustes salariais que o governo estava concedendo para algumas categorias de servidores. "Eu dizia que o Estado estava ultrapassando o limite prudencial e aqueles reajustes iriam terminar levando o Estado a ultrapassar o limite prudencial. Não é culpa do [governador] que está aí. Ele [Zé Filho] já encontrou isso", disse.

Ainda de acordo com o parlamentar petista, Wilson Martins usou verba própria para dar sequência a obras que haviam sido financiadas com dinheiro federal. "Houve um assodamento. Essa obra da duplicação da BR 316, eu participei da discussão, era um dinheiro que vinha e o governador jogou logo R$ 100 milhões e a água já levou aquele aterramento. O rodoanel eram R$ 80 milhões no início do governo e eu dizia que ele não inauguraria. Ele tirou dinheiro do Tesouro porque iria receber esse dinheiro. Foram feitas uma série de maluquices. Estou afirmando que quando Zé Filho assumiu encontrou exatamente assim", declarou.

Esse dinheiro que o governo receberia para cobrir as despesas ao qual o deputado se referiu é referente a uma parcela do empréstimo realizado junto ao Banco do Brasil, que está sendo alvo de discussões por conta da derrubada de uma liminar que ordenava a liberação do dinheiro. Era com essa verba que o governador Zé Filho pretendia custear a máquina até o fim do mandato.

Orçamento

A tramitação do projeto do Orçamento na Assembleia está sendo motivo de disputa entre os poderes, principalmente por conta do reajuste do teto dos ministros do Supremo, causando um efeito cascada nos Tribunais de Justiça e no Ministério Público. A preocupação dos dois órgãos é conseguir equilibrar o orçamento.

Cícero, que já foi relator do projeto em outras legislaturas, afirmou que não há como os órgãos serem atendidos em todos os pleitos. "O cobertor é curto. Não dá para colocar tudo que é necessário para o TCE, MP, TJ e Assembleia funcionarem melhor. Agora, quem diz como vai ser o Orçamento é o Legislativo e o STF deu um direcionamento e temos mais responsabilidade. Seria bom que tivéssemos dinheiro. Para nós vem uma grande responsabilidade de saber que não podemos jogar água em um vaso acima de sua capacidade senão derrama", explicou.

Leilane Nunes
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