Contar a história de uma cidade é tarefa fácil para quem a contempla todos os dias com um olhar de devoção. É tanto amor, que quem escuta é contagiado imediatamente com uma vontade de conhecer, de visitar aquele local. Foi assim que os personagens, Bitonho, Dideca, Ivonildo e Ernani falaram sobre seus municípios no Especial Viva Piauí, exibido nessa sexta-feira (19), pela TV Cidade Verde, em homenagem ao Dia do Piauí.

Como não podia deixar de ser, o ex-jogador Bitonho começou apresentando Floriano pelo estádio Tiberão, onde são realizados os maiores clássicos da história do Piauí. “É onde nós conquistamos o maior triunfo do futebol: o time Cori-Sabbá foi Campeão Piauiense em 1995, ganhamos do Caiçara. Foi uma conquista que ficou marcada na nossa vida. Foi aqui que conquistamos o nosso maior título de jogador de futebol, que fez a gente disputar a Copa do Brasil, em Teresina, onde ganhamos da equipe do Botafogo, no estádio Albertão”, relembra emocionado. 

Bitonho destaca que quando você for a Teresina não pode deixar de visitar a Igreja Nossa Senhora da Guia, uma das mais antigas da cidade. Lá os rameiros pagam suas promessas. “Vem gente de todas as cidades vizinhas, até mesmo do Maranhão, principalmente nos festejos”, acrescentou, convidando também para conhecer o Anel Viário da cidade, onde as pessoas fazem caminhada e o Cais do Porto, principal ponto turístico da cidade. “É também onde acontecem as maiores festas de carnaval do Piauí”, enfatizou.

Já o poeta Ernani, criador do projeto cultural Tenda Cruviana, apresentou Pedro II a começar pela Igreja Nossa Senhora da Conceição, rodeada de casarões antigos, na principal praça da cidade e que traz em sua história uma lenda. “A lenda da baleia, que viria de Parnaíba e afloraria no altar central no final dos tempos”, contou. 

Os festejos de Pedro II acontecem em dezembro e atrai centenas de turistas à cidade. “A igreja fica tomada de gente, de turistas e de filhos da terra”, disse o poeta, que também contou um pouco sobre o surgimento do município. “Há um bairro chamado Saborá, que significa ‘borra de abelha’. Na minha tese do mestrado, eu coloco que a cidade de Pedro II é fruto deste bairro, pois toda a função desenvolvida na cidade é feita por uma pessoa deste bairro. Então aqui é a manjedoura, a origem”.

O ponto turístico mais famoso de Pedro II é o Morro do Gritador, que é uma formação rochosa de 2,5 bilhões de anos, com mais ou menos 720 metros de altura e que tem esse nome porque lá em baixo se você emitir um som forte, ele ecoa como se fosse um grito. Também é conhecido o casarão do ex-deputado Milton Brandão, que hoje é o museu da cidade.

Dideca, de Piripiri, também trouxe peculiaridades sobre o surgimento de seu município. “Desde o surgimento da cidade, temos a Rua de Cima e a Rua de Baixo. A igreja matriz Nossa Senhora dos Remédios é a Praça Central. Quem mora da Igreja para trás é da Rua de Cima, da igreja pra frente é da Rua de Baixo”.  

Dideca lembrou também que a Igreja Nossa Senhora dos Remédios é o principal cartão postal de Piripiri. “Localizada no Centro da cidade, a igreja todos os dias recebe dezenas de fiéis para agradecer as graças recebidas”.

Mas, como toda cidade, Piripiri também tem seu local para os enamorados.  É no ponto mais alto da cidade, no Morro da Saudade. “Todos os jovens da minha geração têm uma história romântica para contar de lá, porque os casais costumam vir aqui para namorar de dia e de noite”, explicou Dideca. No local, há ainda uma imagem da padroeira da cidade, Nossa Senhora dos Remédios.

Picos foi apresentada pelo humorista, cantor e compositor Ivonildo Nordeste, ele começou pelo ponto mais alto, mostrando um panorama da bela cidade. Orgulhoso de seu município, o artista ressaltou que a igreja matriz é o cartão postal tanto de Picos, como do Piauí e do Brasil.

Mas, o que realmente encanta Ivonildo são as feirinhas e Picos. “No centro da cidade há a feira livre, a Feira dos Camelôs, temos a Feira da Fruta. Funciona todos os dias, sábado, domingo e dia santo. Apesar da crise, da seca, aqui nunca falta fruta”, orgulha-se.

Pela apresentação de Ivonildo conhecemos também o bairro Canto da Várzea, um dos mais nobres da cidade, e o estádio municipal. Sobre esse ponto, ele lembrou uma história interessante: “As vezes as pessoas com baixo poder aquisitivo assistem os jogos de fora, só sabem quando é gol, porque o povo pula lá e eles comemoram daqui. Esse estádio tem muita história pra contar”.