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Heráclito Fortes nega ter mudado voto por conta de queda na Câmara

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O deputado federal Heráclito Fortes (PSB-PI) negou que a queda sofrida na última quarta-feira tenha o influenciado a mudar o voto em relação ao projeto de redução da maioridade penal. Fortes se absteve na primeira votação, horas após a queda, mas votou favorável ao projeto quando foi reapresentado com algumas modificações no dia seguinte. 

"Não influenciou meu voto. O meu voto estava dependendo de um ajuste na emenda. O projeto era muito solto e dava poderes indevidos, e era preciso que houvesse o ajuste. Até porque eu acho que quem vai solucionar essa questão é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que por motivos políticos também não foi discutido", disse o deputado em entrevista no Jornal do Piauí desta sexta-feira (3). 

Heráclito Fortes considerou o episódio uma selvageria feita por "pessoas pagas" que sempre receberiam sanduíches de mortadela em uma van já acostumada a estacionar no Congresso Nacional em dia de protestos. O deputado informou que foi chamado pela Câmara para abrir uma ação contra os supostos agressores, mas disse que não o fará porque também teria de começar pelos seguranças da Casa, que não cumpriram o papel de protegê-lo. 

Ao rever as imagens da queda, o deputado federal, apesar de frisar que foi um ato inadimissível, demonstrou bom humor. "Veja a rapidez do Heráclito Fortes para se levantar com esse peso todo", brincou. "Como um gato", completou o apresentador Amadeu Campos. 

O parlamentar acrescentou que a repercussão nacional do estupro coletivo de Castelo do Piauí, ocorrido no final de maio, contribuiu para que a discussão e a votação na Câmara fosse acelerada. Ao lembrar do caso, Fortes levantou que a estrutura para recuperação dos jovens infratores é precária. 

"Eu seria leviano nesse momento se dissesse que quero cadeia, pena de morte. Não é minha praia, porque eu acho é que eles (suspeitos do crime) têm que passar por um sistema de recuperação. Mas não um sistema frouxo", declarou. Para o deputado, o Brasil está gerindo "máquinas de fabricar marginais". 

Fábio Lima
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