O sargento da Polícia Militar da Reserva Remunerada, José de Ribamar Barros, se apresentou na Delegacia da Zona Sudeste, nesta segunda-feira (31). Ele é suspeito de assassinar a própria esposa Maria Luiza de Sousa, 54 anos, no último dia 26, dentro de casa, no Parque Itararé, Zona Sudeste de Teresina. 

A delegada Anamelka Albuquerque, titular do Núcleo Investigativo de Feminicídio, informou que o investigado se apresentou na presença de um advogado e disse que só irá se pronunciar em juízo. 

"O mandado judicial saiu na última sexta à tarde e já estávamos em diligência no local do fato na tentativa de localizá-lo. A gente suspeitava que ele estaria na casa de um familiar e antes de nos dirigirmos à casa de parentes, ele se apresentou, foi interrogado e permaneceu calado, um direito constitucional resguardado a ele", explica Anamelka Albuquerque. 

A delegada disse ainda que o sargento da PM estava escondido em Teresina, na casa de uma irmã. Ele responderá por feminicídio, qualificadora do crime de homicídio. O suspeito foi encaminhado ao presídio militar. 

"Ele responderá por feminicídio como qualificadora, na razão de violência doméstica, com aumento causa de pena por ter sido praticado na frente de um dos filhos", disse a delegada. 

Relembre o caso 

A senhora Maria Luiza de Sousa foi assassinada a facadas. De acordo com a PM, a vítima ainda chegou a ser socorrida pelo próprio filho, mas não resistiu. Vizinhos relataram que ouviram tiros que foram efetuados, possivelmente, após um dos quatro filhos do casal tentar salvar a mãe.

A Polícia Civil revelou que a vítima teria sido esfaqueada seis vezes no tórax, após o suspeito trancar um dos filhos no quarto. Mesmo ferida, a mulher se escondeu em um dos quartos localizados nos fundos da casa. Neste momento, o sargento teria pego sua arma e disparado cinco vezes contra a porta do cômodo, mas nenhum dos projéteis atingiu a mulher. Em seguida, o outro filho do casal chegou e conseguiu render o pai, que conseguiu fugir pulando o muro. 

O suspeito fugiu logo após o crime.

 

Graciane Sousa
[email protected]