Cinco suspeitos de furtos a caixas eletrônicos no Estado foram postos em liberdade por excesso de prazo. De acordo com a Polícia Civil, os presos são de alta periculosidade, um deles com ação no Piauí e em São Paulo. A última ação atribuída ao suposto grupo criminoso, ocorreu no mês de março, no município de Campinas do Piauí. Na fuga, a quadrilha trocou tiros com a PM e um dos investigados, além de um sargento da PM, ficaram feridos.
"Eles foram presos em flagrante e o inquérito policial concluído no prazo. Porém, ontem foi determinado que todos fossem soltos por excesso de prazo, por estarem presos e nunca terem sido ouvidos. A Polícia Civil fez sua parte, mas o Ministério Público não designou nenhum promotor. Isso é um absurdo. Agora, elementos perigosos estão soltos e a sociedade é quem vai pagar" explica delegado titular de Simplício Mendes, Marcelo Leal.
Os suspeitos estavam presos na Casa de Detenção Provisória Dom Inocêncio Santana, em São Raimundo Nonato, há seis meses e nunca foram ouvidos. Na cidade de Campinas do Piauí não há promotor de Justiça e no parecer do Ministério Público- datado de terça-feira (01) e que determina a soltura dos investigados- consta que não houve tempo para conciliar a agenda do magistrado com um representante do MP, que atuaria no caso.
"Os requerentes em nada contribuíram para o fato da comarca não ter podido contar com a presença de promotor e juiz nos últimos meses, bem como para o fato do promotor e magistrado designados não puderem harmonizar suas agendas para marcar audiência nos meses de junho, julho e agosto", diz o parecer do MP.
Marcelo Leal reforça que os suspeitos que ganharam liberdade representam uma ameaça aos cidadãos. "Um deles já responde por quatro ou cinco processos judiciais, incluindo essa ação em Campinas do Piauí, duas tentativas de homicídio em Simplício Mendes e roubos no Estado de São Paulo. Eles são elementos perigosos que trocam tiros até com a polícia e, provavelmente, vão voltar a agir", desabafa o delegado.
Graciane Sousa
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