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Médico diz que 70% do diagnóstico é feito com atendimento humanizado

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O médico e presidente da Sociedade Brasileira em Clínica Médica, Antônio Carlos Lopes, defende que a relação médico-paciente deve ser humanística e afirma que “70% do atendimento e diagnóstico dado por um médico clínico geral é realizado através das conversas com os pacientes e cerca de 30% é feito com outras intervenções, como exames”. 

Além disso, ele destacou que o médico tem que conseguir olhar o paciente rico da mesma forma que vê o pobre, caso contrário não conseguirá exercer seu trabalho da forma correta. “Se não tiver condições de enxergar o rico e o pobre da mesma forma, ele deve está em tempo em desistir da medicina. Tem que amar a medicina, porque ela não admite atalhos e tem que ser dedicação total á profissão”, destacou.

Antônio Carlos está em Teresina nesta quarta-feira (16) para participar do Congresso Médico Acadêmico e falou ao Jornal do Piauí.

“É importante conhecer o paciente, ser humano, saber que ele tem necessidades, que tem família, que as vezes a conversa e este olhar diferenciado por si só já é uma resposta do motivo pelo qual ele se adoenta. Ás vezes o sentimento e as relações que ele tem são de total importância para o diagnóstico, porque sem ela não tem diagnóstico. Então, é fundamental esse diálogo. Se deixarmos ele falar adequadamente, ele praticamente conta o que ele tem”, declarou. 

Ele afirmou ainda que uma característica muito especial da clínica médica é que ela vê o paciente como um todo, através de uma relação médico paciente, de uma forma mais humanística, que dependa menos de tecnologia avançada, pois esfria o atendimento, a relação com o paciente. O exame muitas vezes passa a ser mais importante que o paciente”, observou Antônio Carlos.

O médico acrescenta que é preciso gostar de gente, do paciente, para exercer a medicina e a clínica médica. “Tem que ter paciência , tem médico que não olha no olho do paciente e isso não pode acontecer”. 

Em incentivo e como sugestão aos estudantes de medicina que querem seguir a clínica médica, ele falou que em primeiro lugar, ele não pode desistir do paciente e principalmente, não discriminar o pobre do rico.

Lyza Freitas
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