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Juíza nega liberdade a ex-gestor da Fundac preso em operação Zelotes

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A Justiça Federal negou o pedido de liberdade para Halysson Carvalho da Silva, ex-diretor da Fundação Cultural do Piauí (Fundac), preso pela Polícia Federal na Operação Zelotes. A defesa ainda aguarda que o ex-gestor possa ser transferido para Teresina. 

Veja a decisão na íntegra

A decisão de ontem (29) é da juíza federal Célia Regina Ody Bernardes, substituta na 10ª Vara Federal do Distrito Federal. A magistrada negou tanto um pedido de revogação da prisão preventiva como de transformação da mesma em prisão domiciliar, seguindo parecer do Ministério Público Federal. 

No caso da prisão preventiva, a juíza entendeu que não surgiu nenhum fato novo para que isso fosse necessário. 

A defesa de Halysson Carvalho também tentou converter a prisão em domiciliar, alegando que o ex-gestor tem uma filha que precisa de cuidados especiais. A juíza Célia Bernardes entendeu que "o investigado não é “imprescindível” aos cuidados da criança, uma vez que a mãe está apta a prestá-los."

A única questão em aberto diz respeito a um pedido de transferência para Teresina. A juíza deu prazo de 24 horas para que o MPF e a Polícia Federal esclareçam se Halysson Carvalho está preso em Brasília (DF) ou São Paulo (SP). Só depois disso a magistrada dará sua decisão. 

O Cidadeverde.com tentou contato com a defesa de Halysson Carvalho, mas não obteve sucesso. 

Halysson Carvalho foi diretor da unidade administrativa financeira da Fundac, e chegou a responder pelo comando da Fundação. Ele foi preso na nova fase da Operação Zelotes, deflagrada na última segunda-feira (26) no Piauí, Maranhão, São Paulo e Distrito Federal. Denunciado pelo deputado estadual Robert Rios (PDT) por ter condenação na Justiça, ele foi exonerado pelo Governo do Piauí no início de junho. 

A Operação Zelotes investiga a manipulação de julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. A estimativa da Polícia Federal é de que R$ 19 bilhões foram desviados, valor que supera os desvios detectados na Operação Lava Jato, que desarticulou um esquema de corrupção na Petrobras.  

Fábio Lima
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