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Senadores do PI se dividem na votação que manteve Delcídio preso

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A bancada do Piauí no Senado se dividiu na hora de decidir pela soltura ou não do senador Delcídio do Amaral (PT) na noite desta quarta-feira (25). Ele foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Dos três senadores piauienses, Elmano Férrer (PTB) votou a favor da prisão e Regina Sousa (PT) contra. Já Ciro Nogueira (PP) estava ausente da sessão considerada histórica.

Regina seguiu a bancada do seu partido. Dos 11 parlamentares presentes, apenas dois votaram pela permanência de Delcídio na prisão. A alegação do PT foi de seguir a Constituição, já que a mesma estabelece que políticos com mandato só podem ser presos em flagrante.

Delcídio do Amaral é do PT de Mato Grosso e líder do governo na Casa. O placar na sessão extraordinária registrou 59 votos a favor, 13 contrários e uma abstenção. Com isso, o Senado acolheu a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prender preventivamente o senador.

O parlamentar teria negociado a fuga do ex-diretor da área internacional da estatal, Nestor Cerveró, para evitar uma possível colaboração premiada com a Justiça. Em troca do silêncio, seriam oferecidos R$ 50 mil mensais à família de Cerveró, que está preso desde janeiro deste ano.

A sessão extraordinária foi realizada para cumprir o que determina a Constituição Federal em caso de prisão de senador em exercício (artigo 53). No entanto, o texto constitucional, na avaliação dos senadores, é vago sobre a forma de votação, se aberta ou sigilosa. Esse ponto provocou debate no Plenário por mais de duas horas.

Questionado por vários senadores, o presidente da Casa, Renan Calheiros, embasado em um parecer, decidiu pela votação secreta, de acordo com o que determina o Regimento Interno do Senado (artigo 291). Mesmo assim, imediatamente Renan recorreu "de ofício" ao Plenário sobre a própria decisão de rejeitar as questões de ordem. Isso permitiu que a maioria dos senadores decidisse pela realização de votação aberta.

 

Hérlon Moraes (Com informações da Agência Senado)
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