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Vacina contra HPV também para meninos é importante, alerta médico

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O Sistema Único de Saúde (SUS) começou a disponibilizar vacinação contra o HPV para meninos de 12 e 13 anos. A imunização é novidade, já que até o ano passado a mesma só estava disponível para meninas. Foram adquiridas pelo Ministério da Saúde 6 milhões de doses e a expectativa é de vacinar 3,6 milhões de meninos somente este ano em todo o país. No Piauí, a procura ainda é pequena, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

 

O urologista Giuliano Aita explica que o HPV é uma das principais causas de câncer do pênis, garganta e ânus em homens, e do câncer de colo de útero, nas mulheres, e que a vacinação poderá evitar muitos óbitos. “A vacinação nesta faixa de idade é de grande importância no combate à transmissão do HPV, que é um vírus muito prevalente na população sexualmente ativa e responsável por lesões e tumores genitais e de boca”, comemora o especialista.

 

Ele explica ainda que o HPV pode ser transmitido por via sexual, além de contato direto com a pele onde existe a verruga ( uma das manifestações clínicas do vírus) assim como de mãe para filho durante o parto.

 

A boa notícia é que, segundo o Ministério da Saúde, a ideia é ampliar a faixa etária que receberá a imunização até o ano de 2020, quando aqueles entre 9 e 26 anos serão beneficiados. Aita acrescenta que os meninos devem tomar as duas doses da vacina, com intervalo de seis meses, para que a mesma tenha o efeito protetivo. “A exceção é para os portadores do vírus HIV, que também estão sendo vacinados (entre 9 e 26 anos), e que devem receber três doses contra o HPV, a segunda aos dois meses e a terceira aos seis”.

 

A eficácia da vacina é a mesma prevista para as meninas, que já vinham sendo vacinadas, e chega a 98%. Ela protege contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18) envolvidos com o surgimento de verrugas e tumores genitais. “Para essas meninas, também há novidades este ano, sendo que agora as que chegaram aos 14 anos também poderão ser vacinadas, inclusive aquelas que não tomaram ainda a segunda dose, já que até o ano passado, somente meninas entre 9 e 13 anos eram beneficiadas”, conclui.

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