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Projeto da Nova Ceapi prevê separação entre consumidores de varejo e atacado

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A superintendente de Parcerias e Concessões, Viviane Moura promete uma "revolução" para a nova Ceapi, que passará a ser administrada através de uma Parceria Público-Privada (PPP). O projeto da nova Central de Abastecimento prevê entre as diversas mudanças, a separação das vendas pelo varejo e atacado e uma reforma total da atual central incluindo a demolição de vários prédios existentes.

O projeto se concentra na implementação da modernização dos serviços oferecidos pela Central, melhorando a limpeza, organização interna como estacionamentos, entrada e saída de pessoas e a construção de um outro mercado exclusivo para o consumidor varejista.

"A função real de uma central é fortalecer o mercado atacadista, mas aqui esse setor acaba tendo um menor volume de vendas e acaba inviabilizado pela grande procura do varejo. No projeto está posta uma divisão que vai possibilitar que o setor atacadista funcione em um local adequado e específico e nós consumidores teremos outro mercado adequado", explica  a superintendente.

Ainda segundo Viviane, o novo serviço não deve aumentar o preço dos produtos, que são o principal atrativo para o consumidor varejista da Ceapi. "O que onera preço dos produtos é custo e o valor que eles pagam hoje é até maior do que o que vai ser praticado após o início do investimento. O preço do alimento não terá ligação com essa nova edificação", pontuou.

A administração da Ceapi atualmente é feita por uma OS (Organização Social) e o prazo de contrato da Nova Central será de 30 anos. O Estado receberá ainda uma outorga mínima mensal de 3% do faturamento bruto do mês, após os dois primeiros anos de vigência do contrato.

Atualmente há 791 permissionários trabalhando na Ceapi e não há previsão de mudança desse número com a privatização.  Nesta quarta-feira (18) uma nova audiência pública entre os permissionários e  o Governo deve sanar as dúvidas entre as partes e o projeto, que ficou disponível no site da superintendência para consulta pública no período de 27 de dezembro de 2016 a 13 de janeiro de 2017 será encaminhado para o Governo na próxima semana e até o fim desse mês deve ser lançada a licitação para a PPP.

A obra está estruturada em três etapas:

1- Serão construídos seis novos galpões na área liberada para a obra atrás da atual central. "Nessa primeira parte os permissionários permanecem no local. O novo espaço estará apto para receber os 791 e outros novos. Ainda nesta etapa estão previstas uma nota portaria  e um estacionamento para a Central", explica Viviane; Um galpão exclusivo para bananas também está previsto nessa etapa, pois a fruta necessita de cuidados especiais.

2-Nesta etapa todos os permissionários serão transferidos para os espaços construídos, garantindo assim o funcionamento da Central durante a próxima etapa;

3- A terceira e última etapa prevê a demolição de alguns galpões, reforma e construção de outros espaços na área antiga. "Será feita a avaliação de quanto do espaço atual será demolido pois há muitas construções irregulares como casas, puxadinhos, espaços para dormir", pontuou.  Em seguida os permissionários serão redistribuídos conforme determinar a nova administração.

 A empresa vencedora da licitação deverá cumprir um investimento inicial previsto de R$ 46 milhões para toda a reforma. "É uma revolução na CEAPI para que ela se transforme numa Central de Abastecimento de referência e só trabalhe com isso - hoje há vários tipos de atividades como venda de animais entre outros",  concluiu.

Rayldo Pereira
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