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Arma usada para matar advogado desaparece de dentro da delegacia, denuncia família

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A família do advogado Kelson Feitosa, assassinado dentro do escritório na própria residência enquanto trabalhava, no dia 13 de junho de 2016, denuncia o desaparecimento de documentos importantes, como a arma usada no crime, de dentro da delegacia. Eles procuraram o Jornal do Piauí para denunciar o caso. 

Os familiares temem que o sumiço do material favoreça a soltura do suspeito de cometer o crime, que está preso e foi identificado como Francisco Sousa. O suspeito seria sobrinho de um dos clientes de Kelson e estava sendo processado pela vítima. Francisco se entregou à polícia logo após o crime, mas a arma usada para matar o advogado, que deveria estar anexado no processo, sumiu. 

À polícia, segundo o tenente Miguel Batista, Francisco declarou que a justiça ignorava sua defesa e que a vítima tinha uma perseguição pessoal contra ele. Testemunhas informaram que ele chegou à casa de Kelson, perguntou se ele morava naquele endereço, entrou na casa, foi até o escritório e disparou pelo menos dois tiros contra a vítima. 

Além do sumiço do material, os familiares da vítima denunciam que Francisco Sousa foi transferido sucessivas vezes pelos presídios. Inicialmente, ele ficou preso na penitencia de Esperantina, depois foi para a Casa de Detenção Provisória de Altos e, agora, estaria na Irmão Guido mesmo não podendo estar no local por ser considerado preso provisório. 

A família também tem receio de que o preso seja solto antes do julgamento através dos mutirões no sistema carcerário.  
 
“O que nos causa estranheza e que de certa forma é uma falha no processo é a questão do desaparecimento da arma, que foi entregue pelo Francisco Sousa na delegacia, e depois essa arma desapareceu. A gente quer que o delegado, o corregedor, alguém fale sobre”, disse o filho da vítima, Lucas Rezende. 

A esposa da vítima, Conceição Bezerra,  também fala sobre o medo do suspeito ser solto e a segurança da família.  

“A gente está temendo, de esse indivíduo ser solto, ser posto em liberdade, e pedimos que a justiça nós dê atenção. A nossa família está desamparada, o filho do suspeito, que não tem nenhum vinculo na cidade, fica andando pelas ruas como se nada tivesse acontecido”, comentou a esposa. 

O delegado Arthur Leal informou que o desaparecimento da arma já foi comunicado a Corregedoria da Polícia Civil, e ao juiz e promotor da Comarca do município. Esse fato está em investigação. Já a corregedoria não soube explicar, no momento, em que ponto está a investigação.

Foto: Portal A Grande Barras

 

Carlienne Carpaso
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