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HGV opera mais 30 pacientes em regime de mutirão neste sábado (11)

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Trinta pacientes serão operados neste sábado(11), em mais um mutirão ortopédico realizado pelo Hospital Getúlio Vargas (HGV). Este ano, já é o 10º mutirão consecutivo que o Hospital realiza, totalizando 300, somente, em 2017. A maioria dos pacientes foram vítimas de acidentes de trânsito e se encontram fora do mercado de trabalho.

Para a diretora-geral, Clara Leal, o mutirão é necessário para desafogar a demanda que é muito grande, tanto de pacientes provenientes da urgência quanto do Ambulatório do HGV.

O lavrador, Aldirene de Melo Mendes, 43 anos, é um dos pacientes que vai participar do mutirão. Ele viajava de moto quando colidiu com um animal, à noite, perto do município de Brasileira/PI, a 221 quilômetros da capital. O sr. Aldirene,  já passou por quatro cirurgias, agora vai realizar  a quinta,  perdeu parte dos movimentos da perna e se diz “encostado”, sobrevivendo do auxílio doença.

Assim como o sr. Aldirene, são muitos que chegam na mesma situação. Para o cirurgião ortopédico Glauson Nascimento, qualquer queda de moto tem probabilidade grande de atingir pernas, de provocar a perda da mobilidade. “Estamos fazendo um esforço conjunto, por meio dos mutirões para devolver a esses pacientes os movimentos e, com isso, proporcionar uma chance de voltar ao mercado de trabalho”, explica o médico.

O cirurgião explica que o paciente Aldirene foi vítima de acidente de trânsito, com fratura de fêmur esquerdo. “Na primeira cirurgia, foi submetido à fixação com placa e parafusos no fêmur, evoluiu com infecção no osso. Na segunda cirurgia, foi retirada a placa e colocado fixador externo. Na terceira cirurgia, na limpeza cirúrgica, foi detectada uma osteoporose por desuso do membro. Na quarta cirurgia, foi reoperado com colocação de uma placa bloqueada (própria para osso osteoporótico). Agora, novamente, apresenta nova infecção óssea e será feita a quinta cirurgia para retirada da placa, pois a fratura consolidou, ou seja, um paciente em plena idade produtiva ficará com sequela e invalidez permanente para o trabalho de lavrador”, explica Glauson Nascimento.

De acordo com a diretora-geral do HGV, 70% dos pacientes ortopédicos que são atendidos no HGV passam ou já passaram por mais de um procedimento. “Isso significa um gasto muito grande para o hospital, pois além dos procedimentos realizados, passam muito tempo internados”, explica.

Pelos cálculos do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vítima de acidente de moto custa, em média, R$ 152 mil só de gastos hospitalares.

Da Redação
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Tags: HGV