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Luciano Huck diz que 'não importa se foi golpe ou não no Brasil'

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O apresentador do Caldeirão, Luciano Huck, declarou em entrevista que "não importa se foi golpe ou não no Brasil". Em conversa com a Folha de S.Paulo, o comunicador afirmou não querer tomar partidos, argumentando que a "mobilização não é contra A, B, C. O sistema todo entrou em colapso. Independentemente de partido, de ideologias". E defendeu: "O único jeito de arrumar esse país é se a gente conseguir fazer um pacto apartidário. Sem revanchismo, sem revolta. Se foi golpe ou se não foi golpe, não importa".

Huck, que apoiou a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) à presidência durante as eleições de 2014, afirmou ser amigo dele mas não misturar a relação com política. "Eu não sou tucano, mas sou muito próximo do Fernando Henrique, a cabeça mais moderna do Brasil, e ele tem 85 anos. Sou amigo do Aécio desde que passei a dividir minha vida entre Rio e São Paulo, há 17 anos. Tenho carinho por ele, mas foram pouquíssimas as vezes que misturamos esta amizade com política", disse.

O apresentador comenta que não foi às ruas nas manifestações a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff por ter uma "opinião própria". "A falência do sistema como um todo é uma oportunidade como poucas na história do Brasil. Vamos aproveitar que o castelo caiu e construí-lo direito, em outras bases. Bicho, vamos colocar a base da ética, da transparência. Independente de que partido você é, da cor da bandeira que você levanta. Todo mundo deveria querer usar as ferramentas políticas e o poder do estado para melhorar a vida de todos", disse na entrevista.

Há dez anos, Luciano Huck afirmou que poderia ser candidato à presidência. De acordo com ele, ainda não chegou o momento - mas a possibilidade não está descartada: "Já faço política, fazendo televisão aberta no Brasil, com o poder que a Globo tem, trazendo boas histórias, dando opinião. Agora, se me perguntarem se vou concorrer a algum cargo eletivo, eu não sei responder. E qualquer tipo de resposta é especulação, fofoca".

Sobre o juiz Sergio Moro e as controvérsias que cercam a Operação Lava Jato, o apresentador afirmou admirar o magistrado. "Sou a favor de todos os movimentos que ajudem a refazer e ressignificar as bases morais e éticas do Brasil. E sem dúvida a Lava Jato é o principal deles. Moro é um homem de coragem, e tenho certeza que os ecos das suas atitudes irão trazer muitos benefícios para as próximas gerações", revelou.

Fonte: Diário de Pernambuco 

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