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Uespi monta força-tarefa para combater fraude e vazamento em concursos no Piauí

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A Universidade Estadual do Piauí (Uespi) montou uma força-tarefa para reforçar a segurança dos concursos realizados pelo Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepi). 

O reitor Nouga Batista quer evitar a frustração de possíveis anulações de provas, devido à atuação dos fraudadores. O concurso mais recente – dos Agentes Penitenciários – teve fase questionada, após quatro pessoas serem presas.  

A força-tarefa será composta por representantes do Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).  As entidades vão acompanhar, de acordo com o reitor, todas as fases do andamento do concurso realizado pelo Nucepi.

Ainda segundo o reitor Nouga Batista, a estratégia é para impedir a atuação de fraudadores e para que o processo seja acompanhado por mais testemunhas de outros órgãos para comprovar a credibilidade do certame.

Em 2017, o Nucepi irá realizar as provas para o concurso da Polícia Militar, em que as inscrições foram encerradas na última segunda-feira para 400 vagas, além do concurso do Corpo de Bombeiros.

Na reunião foram apontadas as necessidades de reforçar o número de policiais civis e militares atuando durante a realização das provas. 

Outra urgência é a compra de equipamentos – detectores de metal – para impedir a entrada de celulares e pontos eletrônicos em salas de aplicação de provas. Outro pedido é intensificar o setor de inteligência para apuração dos casos. 

Para evitar problemas, o Nucepi irá aplicar as provas do concurso da Polícia Militar somente em Teresina. 

“Nossa preocupação tem sido o dia de aplicação de provas. [...] Já estamos tomando as medidas para que no concurso da polícia, o trânsito das provas seja o menor possível, porque quando elas são realizadas em outros municípios, elas têm que sair, no mínimo, com 24 horas de antecedência e as provas sendo realizadas na capital, o material só precisa sair com 1 hora de antecedência. E isso vai coibir a prática de fraudes”.

Na reunião, os representantes de instituições enfatizaram que de fato os inquéritos realizados sobre concursos anteriores não apontavam responsabilidade do NUCEPE, e sim de grupos de criminosos, especializados em fraudar concursos públicos.

“A intenção é deixar cada vez mais claras as atitudes que o núcleo vem tomando preventivamente, no que diz respeito a tentativas de fraude. Estamos chamando os representantes das instituições públicas para mostrar exatamente a forma como nós trabalhamos e as condições de segurança que nós desenvolvemos nos nossos processos. O que vem acontecendo são interferências externas, e com elas nós lidamos em nível de polícia”, garantiu Jorge Martins Filho, presidente do NUCEPE.

Uma das sugestões foi trazida por Chico Lucas, presidente da OAB – seccional Piauí: comissões compostas por representantes de cada órgão presente acompanharão todos os processos dos próximos concursos.

“A OAB fez a sugestão de que o NUCEPE nomeie e convoque os outros órgãos pra fazer uma espécie de auditoria externa, para que eles participem e dividam as responsabilidades, fiscalizem a realização do concurso. Se começarmos a fazer esse trabalho o risco de ações de nulidade e fraude diminuem, então nos colocamos à disposição e sugerimos que a governança dos concursos seja melhorada com auditoria externa”.

Um órgão importante na reunião era justamente a Polícia Militar, próximo órgão para o qual o NUCEPE organizará concurso. O tenente-coronel Scheiwann Lopes estava representando o Comando Geral da corporação, e manifestou seu desejo de contar sempre com aprovados íntegros na instituição: “O NUCEPE é um órgão isento, tem lisura, e realmente esses ataques são infundados. O problema não está na elaboração do concurso pelo NUCEPE, e realmente a sociedade piauiense pode ter a garantia de que, ao fazer o concurso, vai estar participando de um certame que tem lisura e no qual logrará êxito aquele que tem maior conhecimento. E fortalecendo esses órgãos de controle externo estaremos selecionando o que há de melhor para compor a Polícia Militar”, garante.

 

Flash Lyza Freitas (Com informações da Uespi)
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