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Regina diz que governo usou reforma da previdência para aprovar a trabalhista

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A senadora Regina Sousa (PT) disse nesta sexta-feira (28) que o governo federal focou propositalmente as discussões em torno da reforma da previdência para abafar e aprovar sem dificuldade a reforma trabalhista na Câmara Federal. As duas propostas fizeram a população brasileira cruzar os braços hoje.

“A gente tem que admitir que o governo teve uma esperteza: não se discutia reforma trabalhista, só a da previdência. O povo brasileiro está esclarecido sobre a reforma da previdência. A trabalhista passou muito rapidamente e a população não discutiu, tanto que foram 100 artigos mexidos. Foi estratégia chamar atenção com reforma da previdência para aprovar a trabalhista”, afirmou durante entrevista ao Jornal do Piauí, da TV Cidade Verde.

Ao contrário da reforma trabalhista na Câmara, Regina acredita que a reforma da previdência não vai passar no Congresso Nacional. “A previdenciária é mais difícil passar por ser 2/3 de maioria. Ele (presidente) não tem esses 2/3. E vai ter a CPI da previdência. Enquanto a CPI tiver funcionando, ela fica paradinha”, declarou.

Regina voltou a criticar a reforma trabalhista e disse que a proposta é uma espécie de revogação da Lei Áurea. “Não é flexibilização. Não tem lógica dizer que reforma vai gerar emprego. Se não está vendendo não tem como contratar ninguém”, opina.

Ainda de acordo com a petista, o Brasil precisa sim de reformas, mas que elas sejam debatidas com a população. “Nós nunca dissemos que não precisa de reforma. Agora mostra onde está o rombo. Até hoje não mostraram. Os próprios fiscais do tesouro têm outros números. Vem de longe isso. O problema é que essa reforma vem para massacrar os pobres. Os riscos não estão pagando nada, por isso estão morrendo de rir. Nenhuma reforma do Temer está sendo discutida. A do ensino médio é só para o filho do pobre”, desabafou.

Foto: Yala Sena

Em Teresina, centenas de trabalhadores saíram às ruas para protestar desde o início da manhã. Os manifestantes estão concentrados na Praça da Liberdade, no Centro de Teresina, onde logo mais à tarde reiniciam as manifestações.

Hérlon Moraes
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