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'A política vai salvar a política', defende doutora em Direito do Estado

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A doutora em direito do Estado Eneida Desiree Salgado defende que 'a política é que vai salvar a política' no Brasil. A especialista está no Piauí para o Congresso de Ciência Política e Direito Eleitoral do Piauí que acontece nesta quinta e sexta-feira no auditório da UniNovafapi.

A profissional acredita que a democracia tem sido atacada de várias formas e o resultado é a demonização da democracia e dos políticos, que pode ser ainda mais prejudicial para o país. "O Brasil tem vários problemas. A grande questão será como resolvê-los. A democracia tem sido atacada de diversas formas por quem perde eleição, por quem fica insatisfeito com o resultado e há uma construção de uma demonização da democracia e dos políticos, que vai fazer com que se haja um esvaziamento desse debate, assim, nenhum cidadão vai querer participar da política", afirma.

Para Eneida apesar do momento de crise política nacional, o momento não é ideal para a aprovação de uma reforma política. A especialista reforça que essas mudanças só serão impulsionados quando o cidadão participar mais ativamente das discussões políticas no país. "Fazer uma reforma com essa sensação de que ninguém presta, que não tem mais jeito, é muito ruim. Para que o cidadão se aproprie dessa discussão e se sinta a vontade para que ele faça isso, é necessário marcar que é a política que vai salvar a política. O cidadão vai marcar sua ideia, seu deputado e seu senador. E cidadão deve fazer também o papel virtuoso que é participa das discussões, verificar os gastos públicos e não ser aquele cidadão que fica em casa reclamando, ou postando algo no Facebook ou Twitter, dizendo que está fazendo a sua parte", defende.

A especialista pontua também que é preciso buscar todas as informações possíveis sobre o seu candidato e não apenas ouvir as promessas de campanha. Ela usa como exemplo, o caso atual envolvendo a ex-presidente Dilma Roussef e o então vice-presidente Michel Temer. "Antes Dilma Roussef e agora o Temer que está levando a cabo um projeto que foi derrotado nas urnas, ou seja, algo ainda pior. Na verdade o eleitor tem que saber o que esperar do seu candidato. Deixar de ver apenas a propaganda eleitoral e procurar outros meios de informação", explica.

A especialista falou ainda acerca das coligações, formação de partidos e financiamento de campanha. Eneida se posiciona radicalmente contra qualquer proposta de voto distrital e explica ainda que o modelo atual do presidencialismo no Brasil, é o mais adequado a nossa atual constituição. A entrevista completa você confere no vídeo.

Rayldo Pereira
[email protected]

 

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