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Parlamentares defendem urgência no julgamento da chapa Dilma-Temer

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Dilma e Temer em 1º de janeiro de 2015, quando a petista recebeu a faixa de presidente para o segundo mandato (Foto: José Cruz/Abr)

A previsão é de uma semana turbulenta no país e com a atenção voltada para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que retoma nesta terça-feira (06), o julgamento que pede a cassação da chapa formada por Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), vencedora na disputa pela Presidência da República nas eleições de 2014.

Em entrevista ao Acorda Piauí, na Rádio Cidade Verde, alguns parlamentares destacaram o pedido de rapidez desse julgamento, uma ação na qual o PSDB aponta abuso de poder político e econômico na disputa eleitoral. 

A ação foi apresentada dois meses depois de o candidato tucano a presidente, Aécio Neves, ter sido derrotado por Dilma e Temer. Após o impeachment de Dilma, no ano passado, o PSDB comanda ministérios a convite de Temer e é o principal partido de sustentação do governo, ao lado do PMDB. 

A senadora Regina Sousa (PT) voltou a reafirmar a sua posição pela saída do atual presidente da república do cargo e criticou a possível separação dos partidos que compõe a chapa, numa tentativa de evitar a cassação de Temer. Ela ressaltou ainda que existe a possibilidade de algum ministro pedir vistas do processo para adiar ainda mais o julgamento, que estava parado desde 4 de abril deste ano porque os ministros do TSE decidiram reabrir a etapa de coleta de provas, ouvir novas testemunhas e dar prazo adicional para as defesas entregarem as alegações finais.

"Vai acontecer o que está  anunciado, ultimamente quando ele (Temer) diz que não é nada demais é porque ele já sabe que alguém vai pedir vistas do processo, e aí já se viu, passa um ano, não tem prazo para devolver. A gente espera que não tenha aquela tentativa absurda de separar chapa em que se tenha uma despesa da presidente e uma do vice-presidente", disse a senadora, acrescentando que Temer "vai colocar a culpa na Dilma, o mais correto, o mais lógico, era ele se afastar porque não tem a mínima condição (de continuar); a Dilma foi afastada por muito menos, alias não teve crime nenhum, fizeram todo um carnaval e ela foi afastada". 

 

O deputado federal Rodrigo Martins (PSB) também comentou sobre a possibilidade de postergar ainda mais o julgamento, que é considerado histórico, pois é a primeira vez em que o TSE vai julgar uma chapa de presidente pelos crimes  de abuso de poder econômico. 

"Será um dia histórico tendo em vista uma decisão que vai mexer muito na posição política do país e, certamente, será um marco divisor para a justiça eleitoral brasileira.  Eu acredito que o Brasil precisa ser passado a limpo, a nossa expectativa é que o Supremo possa afastar a chapa em si, tanto a ex-presidente Dilma como o Temer, cassando os seus direitos políticos. Torço que o melhor para a população brasileira seja feito. E aguardo que nenhum ministro possa fazer subterfujo para prorrogar demais esse julgamento".  

 

Em entrevista ao Cidadeverde.com ontem (05), o deputado federal Marcelo Castro (PMDB) definiu como apreensivo o julgamento da chapa Dilma/Temer.

“É uma decisão grave, importante, já que vai se destituir um presidente da República, caso o TSE ache que houve abuso. Está todo mundo apreensivo”, afirmou.

 

 

Carlienne Carpaso
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