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Pai é suspeito de estuprar três filhas e desaparece levando duas em Teresina

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O sapateiro Esmeraldino Pires da Silva, de 60 anos, está sendo procurado pela polícia, acusado de maus tratos e abuso sexual contra as três filhas. Esmeraldino fugiu com as duas filhas mais velhas, R.P de 8 anos e S.P. de 6 anos, no dia 30 de outubro, após ser denunciado pelo Conselho Tutelar na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). 

A esposa e mãe dos quatro filhos do sapateiro, Raquel de 33 anos, é surda-muda e não conseguiu impedir a fuga, da casa do casal na região do bairro Cidade Jardim, zona Leste de Teresina. Os outros dois filhos, um menino recém-nascido e uma menina de 3 anos foram encaminhadas ao abrigo, após o Conselho e a Justiça entenderem que a mãe não tem capacidade para cuidar dos filhos sozinha. 

De acordo com o conselheiro tutelar Bento Alves da Silva, uma denúncia anônima denunciou os maus tratos e o abuso que as filhas supostamente eram vítimas. “Fomos até a casa à noite e a mãe estava sozinha e por ser surda-muda não conseguimos comunicação, então fomos até a creche e junto com a diretora levamos a menina até a DPCA e para fazer os exames de corpo de delito, onde atestou que a criança tinha queimaduras possivelmente feitas por cigarro e no Sanmvis, onde foi constatado que ela tinha sido estuprada”, contou o conselheiro. 

Ele disse ainda que conversando com a criança, conseguiu saber que as irmãs também eram abusadas. “Então comunicamos o fato para a doutora Maria Luiza (juíza do menor) que expediu um mandado de busca e apreensão das crianças. Ao acionarmos a oficial de justiça, ela solicitou uma equipe para nos acompanhar: psicóloga, assistente social e um especialista em libras para falar com a mãe. Só que só conseguimos no outro dia de manhã e quando chegamos lá ele já tinha fugido com as duas crianças”, explicou Bento Alves.

Um mandado de prisão contra o sapateiro foi expedido já que fugiu com as duas filhas. Os dois menores já foram encaminhadas para o abrigo. 

Uma tia das crianças, que não quis se identificar, disse que a família só ficou sabendo dos fatos após a fuga do sapateiro e os menores serem encaminhados para o abrigo. “Nós estamos desesperados tentando tirar meus sobrinhos do abrigo, mas tem a burocracia. Minha irmã é surda-muda e agora sem os quatro filhos. Fomos à polícia para tentar encontrar ele, mas até agora não conseguiram nada”, lamenta.       

Segundo a irmã, Raquel morava há 12 anos com o sapateiro. 

 

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Caroline Oliveira
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