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Secretário diz que raspar a cabeça em presídio é "questão cultural", não é regra

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O secretário de Justiça do Piauí, Daniel Oliveira, negou que o ato de raspar o cabelo dos presos seja uma obrigatoriedade presente no regimento interno do presídio de Esperantina. O gestor afirmou que esta é apenas uma "questão cultural" e criticou a atividade. No início dessa semana, circularam nas redes sociais fotos do ex-prefeito de Esperantina, Felipe Santolia, sendo preso, transportado dentro de um camburão da polícia e tendo o cabelo raspado no presídio. 

"Tão logo soubemos das imagens, abrimos sindicância para apurar o uso indevido da imagem, para saber se houve ou não autorização do detento. Há uma orientação do Piauí e de outras unidades prisionais do país que trazem isso, essa cultura de raspar o cabelo dos presidiários na máquina dois. É uma questão mais cultural do que legal, não é do regimento interno do presídio, porque esse regimento ainda nem existe", completou o secretário.

O gestor explicou que está estudando formas de humanizar o sistema prisional. "Vamos discutir com a Secretaria de Segurança sobre o ingresso dessas pessoas no mercado e minimizar o efeito dramático que é ter uma pessoa presa", finalizou.

Jordana Cury
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