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Testemunhas da chacina narram momentos de terror: "ele ameaçou me matar"

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Moradores do povoado Palemira de cima, um assentamento criado há mais de duas décadas no município de São Miguel do Tapuio (PI), acordaram com uma cena incomum: as covas a serem abertas no pequeno cemitério da comunidade, para quatro das cinco vítimas da chacina ocorrida na tarde da última quinta-feira (30). 

Clewilson Vieira Matias, 34 anos, completou 24 horas foragido na tarde desta sexta-feira (31). O fato de ainda não ter sido preso deixa moradores amedrontados. 

Entre as testemunhas da chacina, um senhor não consegue dormir. Ele estava deitado em uma rede quando presenciou um dos assassinatos. "Ele só fez entrar com a arma e uma faca na mão. (...) Ele não falou nada. Saiu calado de cima da moto, pulou para dentro da casa. Não ouvimos barulho de nada. Só dos tiros", narrou para a TV Cidade Verde. 

Aos prantos, o mesmo senhor se desesperou ao lembrar da cena. "Ele disse que o próximo era eu", contou a testemunha da morte de Juvêncio dos Reis da Silva, líder comunitário da região. "Pode quem não deve nada ser ameaçado desse jeito? (...) Eu só fico satisfeito quando pegarem ele". 

Um jovem entrevistado pela TV Cidade Verde presenciou um dos crimes. "Ele já chegou com a arma na mão, uma na mão e outra na cintura", contou. "Ele chegou, atirou e não disse nada. Foi embora. Ninguém falou nada. Ele só chegou e atirou". 

O rapaz chegou a pensar que seria a próxima vítima. "Eu pensava que ia até entrar no embalo. Eu pensava que ia sobrar para mim também".  

Ao longo do dia, um boato de que o assassino teria aparecido amedrontou moradores, que se trancaram dentro de casa. O acusado não apareceu. Moradores também desmentiram rumores de que haveria um abaixo assinado para que Clewilson fosse expulso da comunidade, onde não era tido como violento ou agressivo. 

A sogra do acusado, que também perdeu a filha na chacina, disse desconhecer qualquer mal comportamento de Clewilson. "(Ela) era uma pessoa muito boa, muito querida de todos. E ele se passava por uma pessoa muito boa também", afirmou. 

A mãe de Maria Moreira do Nascimento ainda está assustada. "Entendo não. E vou continuar sem entender. Já catei de todo jeito para saber o que levou a uma tragédia desse tamanho, mas eu não sei. Não tenho palavra". 

com informações de Tiago Melo (TV Cidade Verde, enviado a São Miguel do Tapuio)
Fábio Lima (Da Redação, em Teresina)
[email protected]

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