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Familiares farão manifestação após soltura do suspeito de torturar mulher em Altos

Fotos: arquivo da família

Quarto que a vítima ficou por oito dias em cárcere privado.

Familiares e amigos de uma professora que denuncia ter sido torturada, mantida em cárcere privado e ameaçada de morte pelo próprio marido farão uma manifestação contra o feminicídio na cidade de Altos, na próxima sexta-feira (10).

A vítima de 38 anos relatou que chegou a ser estuprada. Um vídeo apreendido pela polícia registrou o momento em que a professora foi amarrada nua em uma árvore enquanto o agressor jogava gasolina no corpo dela e a ameaçava queimá-la.

A mulher conseguiu avisar ao pai que estava sob cárcere privado. O familiar acionou a polícia que prendeu o suspeito. Ele foi solto em seguida. Por medo de maiores represálias, a mulher e o filho do casal, que já é maior de idade, saíram do Piauí. 

Ao Cidadeverde.com, um familiar que não quis se identificar explicou que a manifestação é um pedido de justiça diante das autoridades após a soltura do suspeito concedida por juiz em audiência de custódia. 

“Está todo mundo abalado porque o cara está solto. Um crime desse porte não era comum no nosso município. Tem tanta outras mulheres que estão nessa situação, vai ser um grito de liberdade”, explicou.

De acordo com a família, a manifestação está marcada para o dia 10 de janeiro, véspera do retorno da juíza titular responsável aos trabalhos no fórum.

A manifestação será realizada às 09:00 hs na frente do Fórum de Altos. “Você mãe, filha, irmã, mulher, vamos nos unir, dar nosso grito de liberdade, chega de violência contra mulher”, diz o chamado para manifestação que pede ainda que os participantes vistam roupas de cor preta.

Valmir Macêdo
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