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O Brasil na “PISA”

Na semana que passou a OECD divulgou a versão sumarizada do relatório com o resultado do PISA (programa internacional de avaliação de estudantes) realizado em 2018, sob a responsabilidade de Andreas Schleicher, estatístico-chefe, responsável pela coordenação da compilação de dados das provas realizadas por estudantes de 78 países, membros da OCDE ou convidados.

Para os educadores brasileiros, nos quais me incluo como um dos preocupados com os resultados dos estudantes do Brasil nenhuma novidade em termos de melhoria para qualquer dos indicadores avaliados. O PISA avalia o desempenho em Leitura (ou Letramento), Matemática e Ciências, e a nossa posição continuar beirando as últimas.

O resultado fixa a existência de nove níveis ou subníveis: Abaixo do Nível 1, Nível 1 (que subdividido em “a”, “b” e “c”), nível 2, nível 3, nível 4, nível 5 e nível 6. No certame atual o maior nível atingido foi o 4, liderado pela China (BSJZ, que representa a sigla em inglês para quatro grandes cidades chinesas, onde estão inclusas Pequim e Xangai) e por outras regiões também pertencentes à China como Macao e Hong Kong. Além destas possessões chinesas Singapura também apareceu entre os primeiros.

Os estudantes brasileiros permaneceram se arrastando entre o Nível 2 (Letramento) e o Nível 1 em Matemática e Ciências. Comparando as médias obtidas agora em 2018 com relação a 2015 tivemos crescimentos ínfimos. Em Letramento aumentamos em 1,47% a média. Em Ciências conseguimos aumentar apenas 0,75% e em Matemática o aumento foi de 1,85%. Nos três casos diferenças pouco significativas que podem refletir, por exemplo, obra do acaso.

A novidade do momento são beócios da Direita culpando a Esquerda, e os beócios da Esquerda reafirmando que agora é que vai piorar, num estica e puxa pra lá de cansativo e sem qualquer avanço em termos de resultados melhores. Os mais brincalhões conseguem fazer piada de que o nosso resultado foi ruim, mas ficamos na frente da Argentina, isso porque em Letramento nossa média foi 413 enquanto a dos portenhos foi 402, em Matemática nossa média foi de 384, enquanto os argentinos amargaram 379 e em Ciências empatamos com 404. O que não significa nenhuma vantagem, pois somos a oitava economia do Mundo enquanto a Argentina é a 22ª. Vendo por este lado estamos muito atrasados, ou pelo menos tanto quanto nos Hermanos.

Em um mundo em evolução, arrastar-se entre os piores gera uma tremenda desesperança. Na minha opinião os gestores em educação deveriam colher os bons exemplos e tentar segui-los. Já que fica difícil se comparar aos países que estão no topo da avaliação que o façam pelo menos com países mais próximos como o Chile, cujo resultado não foi tão bom (se manteve nos níveis 2 para Letramento e Ciências e no nível 1 para Matemática), mas foi muito melhor do que o dos estudantes brasileiros, de qualquer forma. Saber o que eles vêm fazendo talvez já faça uma pequena diferença, já que esta escada não dá pra subir correndo.

Até a próxima!!!

 

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