Hoje, 15 de julho, os Emirados Árabes Unidos, uma pequena nação situada no Golfo Pérsico entrou para uma elite formada por potências mundiais como EUA, Rússia, consórcio de países europeus e Índia e mandou uma missão espacial para o Planeta Marte, segundo matéria da Revista Science publicada dia 10 de julho.
Trata-se da Emirates Mars Mission (EMM, Missão Marte dos Emirados, em tradução livre), usando o satélite Hope que ficará na órbita de Marte e chegará lá lançado por um foguete japonês, com chegada prevista para fevereiro de 2021. A ideia é colocar o satélite em posição melhor do que os atuais seis satélites que se situam em órbitas polares em relação ao planeta vermelho.
O satélite será composto basicamente de uma câmera e um espectrofotômetro infravermelho que coletarão informações sobre a atmosfera marciana com dados como poeira, ozônio e umidade na atmosfera inferior e um espectrofotômetro ultravioleta que captará dados como oxigênio, hidrogênio e monóxido de carbono na atmosfera superior.
A missão já é vista como uma grande revolução educacional na pesquisa do país. Depois do lançamento do projeto o número de estudantes nas áreas de Física e Astronomia mais do que dobrou, ocupando cinco novos programas de graduação e um programa de pós-graduação em física no país.
O programa espacial do país deu início em 2014 a partir da parceria com EUA. A missão já é aguardada com ansiedade por pesquisadores que investigam as condições atmosféricas e ambientais do Planeta Marte.
Às vezes não adianta somente investir recursos em pesquisa. É preciso ter audácia de querer mudar as coisas a partir da base. Isto é muito bom para os jovens estudantes dos Emirados Árabes Unidos.
Boa semana para todos (as).