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COVID19: E a imunidade cruzada?

No estágio em que estamos com muitas pessoas contraindo a COVID-19 e algumas pessoas morrendo, o que vai aparecendo pela frente de novidade ficamos ávidos em conhecer e tentar investigar para dar, sobretudo, boas notícias ou esperanças reais.

Hoje vamos falar um pouco sobre Imunidade Cruzada. Todos sabemos que o SARS-CoV2, vírus que causa a COVID-19 é um vírus novo. Mas a sua família (a dos coronavirídeos) tem pelo menos 7 vírus que atacam humanos. Alguns destes vírus já circulam há décadas entre humanos nos causando gripes ou síndromes gripais sem problemas maiores. São eles

1) HCoV-229E; 2) HCoV-NL63; 3) HCoV-OC43; 4) HCoV-HKU1; 5) SARS-CoV; 6) MERS-CoV; 7) SARS-CoV2

Os quatro primeiros são causadores de gripes leves que normalmente acometem crianças. Os três últimos são os grandes vilões pelas epidemias que causaram. O SARS-CoV, é um vírus de origem zoonótica, depositado em um animal da fauna chinesa chamado Pangolim, iniciou em uma província chinesa, espalhou-se por 12 países entre 2002 e 2003. O MERS-CoV espalhou-se na Coreia do Sul em 2015 e também é de origem zoonótica, só que se deposita em camelos e dromedários. E agora o SARS-CoV2 que tem como depósito morcegos e causou este estrago razoável, dado o seu mecanismo de infecção.

Como estes vírus são todos da mesma família há a possibilidade de que, se o paciente tiver contraído uma virose com uma destas formas mais brandas, pode ter desenvolvido imunidade suficiente para não ser afetado pelo SARS-CoV2. Ou contrair a doença sem qualquer tipo de sintomas ou mesmo com sintomas leves.

Outra suspeita de imunização cruzada também recai sobre agentes patogênicos de outras doenças, cujas vacinas provavelmente podem servir para reforçar pessoas que, em tese, seriam mais resistentes em contrair o novo coronavírus. Esta suspeita tem recaído sobre pessoas, principalmente crianças, que tomaram a Vacina BCG, contra a Tuberculose (que é uma doença causada por bactérias) ou a Tríplice Viral que previne de Sarampo, Caxumba e Rubéola. Apesar de algumas evidências a Organização Mundial da Saúde ainda não tem uma posição segura sobre o tema.

Pelo sim, pelo não, seria muito interessante que a existência de vacinas para algumas doenças e já comprovadamente seguras pudessem dar garantias de reforço ao sistema imunológico contra este novo agente patogênico.

Em março passado, fiz uma viagem para o interior da Bahia e lá, no hall do hotel, havia um posto de vacinação de tríplice viral. Como estava com muito tempo que tinha tomado vacina contra o sarampo resolvi aceitar a dose. Coincidência ou não, eu e os dois colegas que comigo viajavam ainda não tivemos contato com COVID-19. Ouvi relatos de pessoas que estão na linha de frente contra a COVID-19 e que também se imunizaram para estas doenças e, até o momento também não contraíram COVID-19. Mas isso não é ciência. Por enquanto só pode ser tratado como uma coincidência.  

A Revista Science Advances da semana passada publicou um estudo que diz que os países que têm como obrigatório o uso da Vacina BCG na sua população tiveram as mais baixas taxas de morte por COVID-19. Isto é ciência, mas carece de uma explicação para tal.

Boa semana para todos (as) e até o próximo post.

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