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Na onda das “lives”

Há um saldo bastante negativo quando comparamos o antes e o depois provocado pela pandemia de COVID-19. Perdemos muito mais do que ganhamos. A perda de vidas humanas, especialmente aqui no Brasil, onde ainda existe um considerável número de pessoas que ainda nem acredita que existe uma pandemia, até uma briga política inimaginável, entre os “vacinistas” e os “precocistas”, para não usar adjetivos mais ofensivos contra determinadas pessoas. Quando escrevo estas linhas acabamos de bater mais de 300 mil mortos. Recordes sobre recordes. O número de mortes desta última sexta-feira em todo país foi equivalente a um valor maior do que a população de 26 municípios piauienses. Li isso em uma rede social e fiquei mais triste.

Das coisas boas que aconteceram, consequência desta pandemia, tem sido os cada vez mais frequentes encontros proporcionados pela internet e pelas redes sociais. Dia desses participei da banca de uma estudante de Mestrado da UFPI com um professor direto do Reino Unido. Sabe aqueles pesquisadores que você sonha em conhecer e estava “ao meu lado” na banca, ajudando a avaliar o trabalho? Isto não seria possível se não fosse esta situação na qual nos encontramos.

Outra coisa tem sido a possibilidade de dar aulas ou palestrar para pessoas geograficamente distantes e terminar contribuindo para levar a estas pessoas um pouco de conhecimento ou posições opinativas. De 09 de março, até amanhã, 29/03, terei participado de quatro encontros ao vivo discorrendo sobre temas importantes, todos relacionados ao escopo dos temas que discutimos aqui no Ciência Viva.

Mesa Redonda. Fonte: FGV.

Em 09 de março, atendendo a um convite do ex-Ministro da Educação Henrique Paim e por indicação da Diretora do Instituto Dom Barreto, Marcela Rangel, estive discutindo em uma mesa sobre Carreira Docente. Foi muito bom debater com o Secretário de Educação do município de Suzano (SP) sobre o assunto. Em 26 de março estive palestrando sobre Educação e Meio Ambiente para professores e gestores da Prefeitura Municipal de Novo Oriente do Piauí (PI), uma cidade bastante organizada e que está correndo atrás para conseguir o Selo Verde da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMAR-PI).

Fonte: Secretaria de Meio Ambiente de Novo Oriente do Piauí (PI).

Ainda no dia 26 de março, só que a noite, a convite do Dr. Rodrigo Polisel, fundador do Canal Brasil Bioma, no YouTube falei um pouco sobre a Vegetação Litorânea do Nordeste do Brasil. Ajudei muitos colegas de todo o Brasil a conhecer particularidades dos ecossistemas costeiros com informações descobertas a partir da minha e de outras pesquisas às quais me associei.

Fonte: Canal Brasil Bioma

Nesta segunda, dia 29 de março, fecho o ciclo de março, desta vez falando sobre a Ciência e a onda de Negacionismo que se instalou no nosso país, agravando mais a situação da pandemia. Desta vez conversarei com o Professor Raimundo Dutra, professor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) que sempre convida pesquisadores para discorrer sobre temas interessantes e do momento.

Fonte: Instagram do Professor Raimundo Dutra.

Enquanto as coisas não voltam ao “normal”, seguimos trabalhando na perspectiva de informar e esclarecer dentro de diferentes temas para os quais costumo a me dedicar. Penso que a divulgação científica é uma das janelas que permitirá que parte da população brasileira consiga discernir o que está acontecendo e que se jogue luz para os caminhos destes becos de escuridão. É óbvio que esta luz não atingirá a todos, pois neste contexto existem muitos cegos que não querem ver. É o pior tipo de cego que existe: aquele que não quer ver.

Se quiser assitir a conversa com o Biólogo Rodrigo Polisel acesse o vídeo abaixo:

Se quiser rever a discussão sobre Plano de Carreira Docente, acesse o vídeo abaixo:

Boa semana para todos e todas.