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Doença de Parkinson: avanços recentes

A Doença de Parkinson (DP) é considerada a segunda doença degenerativa do sistema nervoso que mais ataca as pessoas no mundo, perdendo apenas para Doença de Alzheimer que é mais recorrente, atingindo mais de 6 milhões de pessoas no mundo inteiro, especialmente homens maiores de 40 anos. A doença é causada pela redução drástica da dopamina, um importante neurotransmissor que atua na comunicação entre os neurônios cerebrais.

A doença afeta principalmente os movimentos. Trata de uma doença degenerativa que progride até prejudicar fortemente os movimentos dos pacientes. De acordo com os especialistas a redução da dopamina é resultado da combinação entre fatores genéticos e a exposição a determinados fatores ambientais. A doença é classificada pelos especialistas em cinco níveis ou graus:

Grau 1: Um lado do corpo é afetado;

Grau 2: Corpo é todo afetado, mas mantém o equilíbrio;

Grau 3: Perde o equilíbrio e as quedas ficam frequentes;

Grau 4: Perde a capacidade motora para movimentos como fala e deglutição, mas se locomove;

Grau 5: Paciente absolutamente dependente.

A doença atualmente é tratada com medicamentos precursores da Dopamina e cuidados paliativos que incluem exercícios, fisioterapia e sessões de fonoaudiologia para que o paciente continue suas atividades sociais. A evolução da doença não é tão rápida podendo chegar em 15 anos até o grau máximo.

Artigo publicado na revista Avanços da Ciência (Science Advances) do dia 23 de junho passado publicado pelos cientistas Zhuang-Yao D. Wei e Ashok K. Shetty, da Universidade do Texas (EUA), trouxe uma novidade promissora para os pacientes com Parkinson: a reprogramação de Astrócitos.

Os astrócitos são tipos de neurônios que preenchem espaços entre neurônios conferindo sustentação aos neurônios que recebem este nome por terem formato de estrelas. Na pesquisa, os cientistas conseguiram alcançar uma alça de micro RNA dos astrócitos, reprogramando estas células para atuarem como neurônios dopaminérgicos, ou seja, produtores de dopamina.

A experiência foi desenvolvida in vivo, utilizando camundongos portadores de Doença de Parkinson proporcionou nestes animais um aumento considerável na produção de dopamina. O estudo traz uma longa revisão sobre os diferentes graus e aquisição de sintomas e características ao longo da doença, uma revisão rigorosa sobre os atuais tipos de tratamento para doença e uma descrição do uso da reprogramação de astrócitos como uma alternativa a ser considerada no prolongamento da qualidade de vida de pacientes com Parkinson.

A ciência é uma importante ferramenta para alcançarmos tratamentos mais eficientes e a cura de determinadas doenças. A ciência é a base de tudo.

Até nosso próximo encontro. Boa semana para todos (as).

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