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A história só se repete

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A Revista Science desta semana traz uma pequena nota informando que os EUA irão devolver cerca de 17 mil peças subtraídas do Iraque no período da invasão pelo exército norte americano àquele país em 2003. Basicamente, quando do período da invasão, as coleções de museus e templos que reuniam peças históricas foram saqueadas por pessoas ligadas ao grupo terrorista Estado Islâmico e vendidas para empresas que lidam com o comércio ilegal de peças históricas. Dentre as peças a serem devolvidas encontra-se uma tábua de argila com 3.500 anos de idade que conta parte da epopeia babilônica de Gilgamesh. A repatriação destes objetos é considerada a maior da História do Iraque.

Em todos os momentos de guerra ou de dominação sobre territórios, de forma pacífica ou não, tem-se como resultado este tipo de apropriação. Objetos de uma determinada cultura são contrabandeados e viram peças de museu de países com maior poder. Foi assim desde os primórdios e será assim por muito tempo. Muitos exemplos disso em diferentes culturas. Em museus do México e do Chile, por exemplo, são encontradas peças do período Pré-Colombiano, extraídos de templos sagrados de culturas que foram esmagadas pelas forças colonizadoras.

Na Antiguidade, a força da expansão do Império Romano, que avançou sobre diferente povos e nações lidou com este mesmo artifício. Coleções de museus como o Louvre, em Paris, ou nos Museus do Vaticano, em Roma trazem milhares de peças coletadas no Egito Antigo, por exemplo (as imagens que disponibilizo no álbum foram da nossa visita aos Museus do Vaticano feita no final de 2019). Na atualidade, quem ganha com tudo isso, são os turistas que conseguem perceber o resgate da História que ficou preservada graças à Museologia, esta ciência que tem sido fundamental para mostrar as novas e futuras gerações as riquezas de um passado remoto.

Por vezes, ações de apropriação são consideradas positivas, pois muitas culturas não conseguem alcançar a necessidade de preservar sua história. Foi o que aconteceu com vários templos e sítios históricos do Iraque e da Síria, destruídos por ação de membros do Estado Islâmico de forma proposital, inclusive com a execução em praça pública de arqueólogos, uma barbárie sem precedentes.

O importante é que estes materiais estão sendo devolvidos para que os iraquianos possam reorganizar sua história antiga, com a responsabilidade de que o patrimônio que lhes pertence ajuda a construir a história de todas as nações. De certa forma, o que volta para sua guarda, pertence à humanidade.

Bom domingo e boa semana para todos (as) e até o próximo post.

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