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COVID-19: será que a educação já pode voltar?

Não restam dúvidas de que a COVID-19 foi, até aqui, a pior de todas as pragas do Século XXI. Ceifou vidas, arrasou famílias, arrasou economias, proporcionou a ascensão de políticos de qualidade duvidosa, alargou a distância entre conhecimento e a ignorância, expôs para o mundo o quanto a humanidade precisa evoluir enquanto espécie, dentre outras mazelas que ainda vão reverberar por muito tempo. Dentre as coisas que vão durar muito tempo está o prejuízo dado para a geração de estudantes destes últimos dois anos.

A educação foi a grande prejudicada a longo prazo. E este prejuízo é inversamente proporcional a idade: quanto menor a idade do estudante, maior o seu prejuízo à medida que o tempo passa. Se formos pensar as situações particulares percebemos o quão prejudicial para os estudantes foi o necessário recuo na oferta de aulas presenciais, até que se entendesse melhor a extensão do problema da pandemia e, principalmente, os meios para preveni-la e combatê-la. Até entender toda a dinâmica da doença e aprendermos a filtrar o que nos chega de informações verdadeiras e falsas sobre a dimensão do problema que tínhamos a enfrentar, o tempo foi passando e prejudicando principalmente os que estavam chegando ao ambiente escolar pela primeira vez.

As famílias tiveram que se adaptar a novas rotinas e os mais pobres ficaram praticamente sem alternativas, inclusive para manter a família alimentada, já que a merenda escolar é a primeira refeição de muitos estudantes carentes no país. Mas como resolver a questão? Os órgãos responsáveis pelo olhar legal sobre a situação foram rápidos em estabelecer normativas que regulamentassem a questão. As escolas privadas também foram rápidas em proporcionar meios para que seus estudantes não ficassem descobertos. Mas o setor público até hoje não reagiu de forma eficiente. Uma pena! Mas será que as aulas presenciais já poderiam voltar?

Assim como qualquer atividade econômica, a roda da educação tem que girar. Para isso acontecer existem algumas coisas óbvias: a vacinação entre as crianças precisa avançar, algumas providências estruturais precisam ser tomadas como o uso de máscaras de proteção, manutenção do distanciamento social, banheiros adequados para as pessoas lavarem as mãos e a suplementação de álcool 70% para que, na ausência de água e sabão, as mãos sejam higienizadas. Estas medidas já se confirmaram como eficazes.

Algumas medidas profiláticas precisam ser adotadas: se a escola voltar a funcionar de forma presencial, medidas de testagem precisam ser tomadas. As famílias não devem levar seus filhos adoentados para escola. Testados positivos devem ser isolados em casa e a escola propor alternativas enquanto durar a ausência da criança, ou mesmo aguardar que passe o tempo de quarentena e a criança retorne para o convívio no ambiente escolar. São medidas simples que podem fazer com que as escolas retornem ao que ficou estabelecido como o “novo normal”.

O que não pode acontecer é que as escolas permaneçam com suas portas totalmente cerradas. Por que somente a escola? Estamos sendo justos com as crianças?

Boa semana para todos e todas.

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